É díficil, mas existem meios de ser aprovado, para todos os tipos de alunos
Foto: André Nogueira/LeiaJáImagensProfessor Fernando Beltrão tem vasta experiência na preparação de alunos
De acordo com Beltrão, há o aluno que estudou numa escola privada de qualidade e também teve o apoio da família no quesito estudo. No caso de ser um concluinte do ensino médio, é importante valorizar a escola. “Ele deve dar conta da escola e fazer no máximo duas ou uma matéria isolada das específicas de medicina, como biologia e física, por exemplo”, explana o professor. Fazer várias isoladas é um risco para esse tipo de estudante, pois o excesso de disciplinas pode prejudicá-lo.Primeiro perfil
Ser médico. É muito fácil encontrar uma pessoa que tem esse sonho. Afinal de contas, há quem diga que é uma das poucas profissões que têm vagas garantidas no mercado de trabalho. Nos cursos preparatórios, nas escolas, enfim, em diversos locais, existem vários indivíduos que estudam, com extrema dedicação, visando um único e precioso objetivo, que é ingressar na graduação, principalmente em universidades públicas.
Todavia, é enorme a concorrência dos vestibulares para medicina, e nem sempre, quem tenta pela primeira vez os processos seletivos, consegue ser aprovado. O jovem Rafael Morais (à direita da foto), de 23 anos, há seis não consegue a aprovação na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e nem na Universidade de Pernambuco (UPE). Morais conta que é difícil apontar o motivo do não ingresso. “Não é só o conteúdo das provas. Tem também a questão psicológica, porque às vezes eu fico nervoso”, diz Morais. Mesmo assim, o estudante afirma que está confiante para os próximos vestibulares. “Me sinto mais preparado e espero passar”, ressalta. O investimento que Morais está fazendo na sua preparação em curso, é superior a R$ 1 mi reais mensais.
“Eu me identifico muito com medicina, e é única área que eu quero. Este é o quarto ano que vou tentar passar”. Quem conta é o estudante Marcelo Banja (à esquerda da foto). Ele diz que são pequenos detalhes que acabam tirando a vaga de um candidato, por isso, ele ficará mais atento nas próximas seleções. O jovem faz várias matérias isoladas e a exemplo do colega Rafael Morais também gasta pouco mais de R$ 1 mil/mês.
A preparação
Fernando Beltrão é médico, professor de curso preparatório há 30 anos e ainda é docente da UPE. Experiência para ele em relação aos vestibulares de medicina não falta. O professor é referência em Pernambuco no quesito preparação, e por isso, explica que existem perfis diferentes de candidatos, e esses precisam estudar de forma diferente para alcançar o tão sonhado curso de medicina.
De acordo com Beltrão, há o aluno que estudou numa escola privada de qualidade e também teve o apoio da família no quesito estudo. No caso de ser um concluinte do ensino médio, é importante valorizar a escola. “Ele deve dar conta da escola e fazer no máximo duas ou uma matéria isolada das específicas de medicina, como biologia e física, por exemplo”, explana o professor. Fazer várias isoladas é um risco para esse tipo de estudante, pois o excesso de disciplinas pode prejudicá-lo.Primeiro perfil
Segundo perfil
Há o aluno que vem de uma boa escola privada, porém, nunca se dedicou aos estudos. “Não é porque ele não estudou durante toda a vida escolar dele que ele vai resolver tudo em um ou dois meses”, comenta Beltrão. Segundo o professor, esse aluno comete um erro grave por falta de base escolar. “Escolhe outro curso e depois se arrepende e volta para tentar medicina”, critica.
O educador conta que nesse caso é importante que o aluno realize um curso preparatório com todas as disciplinas para recuperar o que ele perdeu, pois, “as lacunas são difíceis de resolver”. É fundamental a aquisição de experiência nas tentativas dos vestibulares, porque é muito difícil que esse estudante passe em medicina na primeira tentativa. “Tentar uma vez é pouco, duas é bom, três já é demais”, aconselha o professor.
Terceiro perfil
Também existe o aluno com grave problema de base escolar e geralmente esse vem de uma escola pública com deficiência ou de uma privada sem qualidade. Esse estudante precisa fazer um curso com todas as matérias para conseguir uma base boa de estudo. “Tem gente que chega desse contexto quase analfabeto. Pessoas que vêm do nada e conseguem passar de medicina”, conta Beltrão. As tentativas nos vestibulares também são essenciais nesse caso, e também, após a recuperação da base, as isoladas devem ser feitas, no entanto, com foco maior para as específicas.
Grupo atípico - O professor destaca que existe o grupo de alunos mais velhos e mais maduros, geralmente já são formados e ainda têm o sonho de ser médico. Muitos deles também pensam em entrar em instituições privadas. Neste caso, deve ser feita uma preparação a base de um preparatório com todas as matérias, para reforçar o conhecimento dos alunos, bem como, trabalhar algumas isoladas.
O diagnóstico
Fernando Beltrão salienta a importância de cada candidato reconhecer suas deficiências. “Antes de tudo, tem que querer ser médico de verdade, não só por dinheiro, mas por querer ajudar as pessoas. Você deve fazer um diagnóstico sobre a sua situação como aluno, descobrindo os pontos fortes e fracos. Depois, é preciso agir, com muita dedicação e estudo”, explica o professor.
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IG
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