segunda-feira, 31 de março de 2014

Linha Direta Justiça - Césio 137

19 - Marie Curie

A descoberta da Radioatividade

O que foi a "Revolução de 64"?


Esse movimento, que completa 50 anos agora em março, foi um golpe de Estado ocorrido no Brasil. Na madrugada de 31 de março para 1º de abril de 1964, líderes civis e militares conservadores derrubaram o presidente João Goulart. Diversos fatores levaram ao golpe, alguns circunstanciais e outros que se arrastavam havia décadas, como mostra a página ao lado. Mas, resumidamente, dá para dizer que o movimento surgiu para afastar do poder um grupo político, liderado por João Goulart, que, na visão dos conspiradores, levava o Brasil para o "caminho do comunismo". Para entender melhor o golpe, é preciso lembrar o clima de radicalismo político que o país vivia. Até as Forças Armadas estavam rachadas, dividas em duas chapas que se enfrentavam nas eleições do Clube Militar desde os anos 50. "De um lado, estavam oficiais nacionalistas; do outro, um grupo que pregava maior aliança com os Estados Unidos, na verdade um recurso para enfrentar a ‘ameaça comunista’", diz o historiador João Roberto Martins Filho, da Universidade Federal de São Carlos (SP). Em 1964, a temperatura política no país havia subido tanto que, meses antes de ser deposto, João Goulart tentou declarar "estado de sítio", medida que ampliaria seus poderes. Muitos militares e líderes conservadores passaram a acreditar que o presidente daria um golpe para instalar uma ditadura de esquerda. Nesse ambiente de conspirações, teve início a rebelião de 31 de março. "Considerando que o Brasil estava numa encruzilhada, o golpe definiu uma solução ditatorial para a crise e colocou o país numa trajetória autoritária de mais de 20 anos", diz João Roberto.
Mergulhe nessa
Na livraria:
A Ditadura Envergonhada, Elio Gaspari, Companhia das Letras, 2002
O Fantasma da Revolução Brasileira, Marcelo Ridenti, Unesp, 1993
Na internet:
www.cpdoc.fgv.br/dhbb/verbetes_htm/6367_1.asp
Só o último capítulo
Raízes da crise que levou os militares ao poder em 1964 surgiram décadas antes
1935 - medo comunista
Em novembro de 1935 ocorre a Intentona Comunista, rebelião organizada pelo Partido Comunista Brasileiro. Em algumas capitais, como Rio e Natal, simpatizantes do partido tentam controlar quartéis e incentivar a população a derrubar o governo Getúlio Vargas. A rebelião é rapidamente derrotada, mas deixa uma herança: consolida em grande parte do Exército uma tradição de forte anticomunismo
1948 - Teoria perigosa
Em 1948, oficiais brasileiros que freqüentaram instituições militares americanas criam a Escola Superior de Guerra (ESG). Ela vira a sede do pensamento militar anticomunista no Brasil, atraindo elites conservadoras do país. A ESG elabora uma doutrina de segurança nacional, princípios teóricos que servirão para justificar a intervenção dos militares em assuntos do governo em nome de supostos "interesses da pátria"
1954 - Ensaios golpistas
Entre 1951 e 1954, o governo nacionalista de Getúlio Vargas enfrenta feroz oposição de militares e líderes civis conservadores — grupo mais alinhado com interesses americanos. Em agosto de 1954, as articulações para um golpe militar param após o suicídio de Getúlio. Novas suspeitas de golpe surgem em 1956, com o mesmo grupo conservador tentando, sem sucesso, impedir a posse do novo presidente eleito, Juscelino Kubitschek
1959 - Revolução numa ilha
O "perigo comunista" volta a ganhar destaque em 1959, quando uma revolução conduz Fidel Castro ao comando de Cuba. A ascensão de Fidel no Caribe traz o comunismo — antes só difundido em governos na Europa e na Ásia — próximo do Brasil, aumentando o medo dos conservadores em relação a políticos nacionalistas e de esquerda
1961 - Renúncia inesperada
Em 25 de agosto de 1961, o presidente Jânio Quadros renuncia. Conservadores pressionam para que o vice, João Goulart (Jango), não assuma, pois ele é visto como um político de esquerda. Mas militares legalistas defendem a posse do vice. A saída é adotar o parlamentarismo, que diminui o poder de Jango
1963 - Jango ganha fôlego
Um plebiscito é realizado no dia 6 de janeiro de 1963 para que a população decida se o parlamentarismo é mesmo aceito como o novo sistema de governo ou se o país retorna ao presidencialismo. Por ampla margem, o eleitorado decide pelo retorno do regime presidencialista e Jango recupera plenos poderes
1964 (13 de março) - Guinada à esquerda
Mesmo fortalecido, Jango não tem apoio parlamentar para aprovar as "Reformas de Base", seu principal projeto de governo, que incluía, entre outros pontos, a nacionalização de empresas estrangeiras e a reforma agrária. Sem força, ele se alia à esquerda nacionalista. Em 13 de março, num grande comício na estação Central do Brasil, no Rio, Jango pede ao povo apoio às reformas
1964 (19 de março) - Reação da direita
Menos de uma semana após o comício de Jango no Rio, que reuniu cerca de 300 mil pessoas, os conservadores organizam uma passeata popular em resposta às alianças de Jango e seus projetos supostamente "comunistas". No dia 19 de março, aproximadamente 500 mil pessoas participam em São Paulo da "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", exigindo o fim do governo João Goulart
1964 (30 de março) - A gota d’água
Diante da resistência ao seu governo na cúpula das Forças Armadas, Jango se aproxima de militares de baixa patente, ficando ao lado deles em rebeliões no meio militar. Em 30 de março, Jango se encontra com sargentos da PM do Rio e se solidariza a eles. Oficiais graduados vêem no gesto uma ameaça à hierarquia militar. Era o que faltava para incentivar o golpe
1964 (31 de março) - O desfecho militar
Na madrugada de 31 de março para 1º de abril, uma rebelião contra o governo começa em Minas Gerais. Entre os líderes do movimento, destacam-se o governador mineiro Magalhães Pinto e o marechal Castello Branco, chefe do Estado-Maior do Exército. A rebelião é apoiada em outras regiões, por políticos conservadores e pela maioria das Forças Armadas. Jango é deposto e tem início uma ditadura militar que durará até 1985
MUNDO ESTRANHO

5 filmes para estudar a ditadura militar no Brasil

O período da ditadura militar no Brasil começou com o golpe militar de 1964 que afastou o então presidente João Goulart e, em seu lugar, colocou o Marechal Castelo Branco para governar o país. O novo regime, que se estendeu até o ano de 1985, impos uma série de atos institucionais anti-democráticos, dentre eles o AI-5 de 1968, que suspendeu a Constituição do país e dissolveu o Congresso, além de criar um processo penal militar que, na prática, dava ao exército o poder de agir como poder judicial.
Foram anos de censura e perseguição política. Grupos de resistência foram criados com ações de guerrilha e manifestações pacíficas. Muitos filmes falam sobre esses anos e a luta dos grupos dissidentes no Brasil. Confira cinco:
Pra Frente Brasil (1982)
Lançado ainda durante a ditadura militar, o filme mostra os anos de chumbo e o período do milagre econômico. Enquanto os brasileiros vibravam com a seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo no México, prisioneiros políticos eram torturados e desapareciam nas mãos dos militares.
O Que é Isso Companheiro? (1997)
Filme dirigido por Bruno Barreto, concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro no seu ano de lançamento. A obra conta a história verídica do sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil em setembro de 1969 por integrantes de grupos de esquerda que lutavam contra a ditadura militar. Em troca do embaixador, o grupo conseguiu a liberação de diversos prisioneiros políticos.
Batismo de Sangue (2007)
Baseado no livro homônimo de Frei Betto, conta a história de um convento de frades dominicanos do final da deçada de 1960 que se torna uma forte resistência à ditadura militar. Movidos por ideais cristãos, os frades colaboram e apoiam o grupo Ação Libertadora Nacional, à época comandado por Carlos Marighella. O apoio não passa despercebido e os religiosos passam a ser perseguidos por autoridades policiais
Zuzu Angel (2006)
Conta a história verídica da estilista Zuzu Angel, mãe do militante político Stuart Angel Jones, que foi torturado e assassinado pelos militares. Zuzu foi um exemplo de mãe que, antes apolítica, passou a lutar contra o governo pelo direito de reaver o corpo de seu filho assassinado e conseguir justiça.
O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006)
Os pais de Mauro, garoto de doze anos, “saem de férias” inesperadamente em 1970 e deixam o menino com o avô paterno. Na verdade, os dois militantes de esquerda estão fugindo da ditadura militar. Enquanto espera os pais ligarem, Mauro passa a viver com o vizinho solitário após a morte do seu avô, acompanha o desempenho da seleção brasileira e a vida durante a repressão em um bairro judeu de São Paulo.
GUIA DO ESTUDANTE

4ª chamada do Vestibular 2014/1 da UFCG está disponível

Registro acadêmico será nesta quarta e quinta-feira. Nova convocação sai na próxima semana.

A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) soltou nesta segunda-feira, 31 de março, a quarta chamada, ou terceira convocação da lista de espera, do Processo Seletivo 2014/1. A oferta foi de 3.090 vagas.
Elas estavam distribuídas entre as cidades de Campina Grande, Cajazeiras, Cuité, Patos, Pombal, Sousa e Sumé, sendo 25% para cotas. O desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2013 foi o critério de seleção.
Nesta quarta e quinta-feira, 2 e 3 de abril, as matrículas serão recebidas, das 8h às 11h30 e das 14h às 17h, nas coordenações dos cursos listadas neste Edital de Convocação. Para o registro acadêmico é preciso levar a cópia, acompanhada do original, dos seguintes documentos:

a) Certificado de Conclusão do Ensino Médio;
b) Identidade e CPF;
c) Título de eleitor, com comprovante de votação na última eleição (maiores de 18 anos)
d) Certidão de alistamento militar e prova de quitação com o serviço militar (para homens);
e) Comprovante de residência.

Uma nova chamada é esperada para a próxima segunda-feira, 7 de abril, com matrícula nos dias 9 e 10. Outras informações podem ser obtidas no Manual do Candidato, pelo Edital ou através desta página.
Por Dayse Luan
Vestibular Brasil Escola

domingo, 30 de março de 2014

UVA (CE) libera resultado da isenção do Processo Seletivo 2014/2


Inscrições seguem até 4 de abril. Seleção oferece 945 vagas em 20 cursos.

A Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) publicou ontem, 28 de março, o resultado dos pedidos de isenção ou desconto da taxa do Vestibular 2014/2. Os candidatos realizaram o procedimento entre os dias 14 e 21 deste mês. 
Doadores de sangue, portadores de necessidades especiais e funcionários técnicos administrativos da instituição puderam requerer a isenção total da taxa, que é de R$ 100. Já estudantes que cursaram todo o Ensino Médio em escolas públicas ou estejam no terceiro ano poderiam solicitar desconto de 50%. 
As inscrições acabam na próxima sexta-feira, 4 de abril e podem ser feita nesta página. A seleção oferece 915 vagas nos cursos de Administração, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Ciências Sociais, Direito, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Civil, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Pedagogia, Química, Tecnologia em Construção de Edifícios e Zootecnia. 
As provas serão aplicas em 1º de junho, em Sobral, no Ceará, nos períodos matutino e vespertino. Os candidatos responderão a uma prova de conhecimentos gerais, outra de conhecimentos específicos e elaborarão uma redação. O resultado sai em 4 de julho.
Mais informações no Edital de Abertura ou pelo telefone (88) 3677-4210. 
Por Jéssica Gonçalves 
Vestibular Brasil Escola

Curso Química Integral ,Aprovando seus alunos nos PRIMEIROS LUGARES dos Vestibulares mais concorridos da Região - Matrículas Abertas no BioS Petrolina - 87 3861 7605


1º Lugar em Jornalismo na UNEB com Victor Guimarães
1º Lugar em Engenharia Cívil com Wanderson Silva na UFCG
1º Lugar em Jornalismo na UFAL Philipi Accete

1º Lugar em Engenharia Civil na FTC com Ana Karine Ramalho
1º Lugar em Engenharia Agronômica na UNIVASF com Gustavo Rodrigues

1º Lugar em Ciências Farmacêuticas na UNIVASF com Odara Lima
2º Lugar em Medicina na UNIVASF com Leela Leela Morená
2º Lugar em Direito na UNEB com Victor Guimarães
2º Lugar em Engenharia da Computação na UFAL com Victor Accete
2º Lugar em Engenharia de Biotecnologia na UFCG com Cleber Davi
2º Lugar em Medicina na UFPE com Leela Morená
2º Lugar em Odontologia na FACIPE com Camila Medeiros
3º lugar em Enfermagem na UESC com Carla Tatiellen
3º Lugar em Medicina na UPE /SSA com Jéssica Adriana
3º Lugar em Medicina Veterinária na UFAL com Carol Guimaraes
3º Lugar em Medicina Veterinária na UFERSA com Vitor Lima 
3º Lugar em Nutrição na UPE/Tradicional com Larissa Fernanda
4º Lugar em Medicina na UPE/SSA com Karine Damasceno
4º Lugar em Medicina na UPE/Tradicional  com Raoni de Moura
4º Lugar em Biomedicina na UNINASSAU com Camila Medeiros
4º Lugar em Engenharia Elétrica na UNIVASF com Luis Pio
5º Lugar em Medicina na UPE/Tradicional com Karine Damasceno
6º Lugar em Biotgecnologia na UFERSA com Cleber Davi
6º Lugar em Arquitetura e Urbanismo na UNINOVAFAPI com Ana Karine Ramalho
6º Lugar em Engenharia Civil na UFC com Wanderson Silva
7º Lugar em Medicina na UPE/Tradicional com Bruna Moema
7º Lugar em Engenharia Química na UFPB com Jéssica Adriana
9º Lugar em Direito na UESPI com Leandro Souza
9º Lugar em Nutrição na UPE /SSA com Palloma Saraiva
10º Lugar em Nutrição da UFS com Palloma Saraiva
14ºLugar em Medicina na FMJ/2014.1 com Lilian Samara
( Resultado Parcial)

“Esses Resultados não acontecem por acaso,esses resultados são frutos de muito trabalho,estudo, dedicação e uma parceria de SUCESSO entre o Curso Química Integral e os nossos alunos, que abraçaram com entusiasmo nossa metodologia de trabalho,e conseguem maximar seu desempenho nas provas e alcançar seus objetivos de maneira fantástica”

"Meus sinceros Parabéns, a cada um dos nossos alunos, por cada uma de suas aprovações,saibam que vocês me enchem de orgulho e felicidade, que servem para motivar ainda mais o nosso trabalho durante este ano. Eu somente tenho que dizer  : OBRIGADO a Deus e a cada um de vocês!!!"

Definitivamente: Química não se decora,Química se aprende.



No Curso Química Integral os assuntos são trabalhados para que você,Fera, entenda e aprenda Química:

Módulo 01/2014

1)    Atomística

  • Evolução Histórica dos Modelos Atômicos
  • Estrutura Atômica Básica
  • Semelhanças Atômicas
  • Estudo da Eletrosfera
  • Números Quânticos  e Estudo dos Orbitais
         Magnetismo

2)    Tabela Periódica

  • Evolução Histórica
  • Características da Tabela Atual
  • Propriedades dos Elementos(Tema Enem)

3)    Cálculos Químicos

Grandezas Químicas
  • Massa Atômica
  • Massa Molecular
  • Constante de Avogadro
  • Massa Molar
  • Quantidade de Matéria
  • Volume Molar

Fórmulas Químicas

  • Fórmula Eletrônica de Lewis
  • Fórmula Estrutural Plana
  • Fórmula Molecular
  • Fórmula Miníma
  • Fórmula Centesimal

4)   Estudo da Matéria e Energia

·         Substâncias, Misturas e Sistemas
·         Análise Imediata
·         Aparelhos de Laboratório
·         Tipos de água (Tema Enem)
·         Tratamento da água (Tema Enem)

5)   Radioatividade

·         Introdução e Evolução Histórica
·         Principas tipos de radiação
·         Leis da Radioatividade
·         Tipos de Transmutação
·         Famílias Radioativas
·         Cinética Radioativa
·         Contador Geiger
·         Reator Nuclear (Tema Enem)
·         Fusão Nuclear (Tema Enem)
·         Fissão Nuclear (Tema Enem)
·         Bomba Atômica (Tema Enem)

6)    Ligações Químicas
  • Ligação Iônica
  • Ligação Covalente
  • Ligação Metálica
  • Dopagem x semi - condutores
  • Cristais
  • Hibridização
  • Geometria
  • Polaridade
  • Ressonância
  • Forças Intermoleculares (Tema Enem)
7)   Química Orgânica – I

·         Introdução
·         Aspectos gerais
·         Estudo do Carbono
·         Tipos de Carbono
·         Cadeias Carbônicas
·         Formas de representação
·         Classificação das Cadeias
·         Radicais orgánicos



Definitivamente: Química não se decora,Química se aprende.
Então ,Fera ,Tá esperando o quê ?
Venha aprender Química com o Prof. Juan Bandeira no Química Integral

Matrículas Abertas no Bios Petrolina  - 87 3861 7605 

Já são + de 200.000 acessos ao http://cursoquimicaintegral.blogspot.com.br/ ... OBRIGADO!!!


O blog do Química Integral alcançou a marca de + de 200.000 acessos ...OBRIGADO.... agradecemos sua preferência e audiência ao Portal de Noticias de Vestibulares da Região do Vale do São Francisco.O  Objetivo de criar uma espaço virtual de educação,noticias  e informações sobre Vestibulares, é algo que nos deixa extremamente satisfeitos. A você, internauta frequentador, o nosso muito obrigado, é a frequência diária de todos vocês que nos estimula a manter o nosso blog sempre atualizado para auxiliá- los na árdua caminhada rumo ao sonho universitário:passar no vestibular no curso de sua escolha!!!

OBRIGADO!!!


Prof. Juan Bandeira

Q.I. Produções.

Veja as notícias mais importantes da semana de 24 de março


Veja o resumo do GUIA para você não perder o que rolou de importante nesta semana.

A pesquisa que mostrou o machismo dos brasileiros
pesquisa mulheres 2
Teve destaque nesta semana o estudo “Tolerância social à violência contra as mulheres”, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que mostra a visão da população sobre agressões e abusos contra pessoas do sexo feminino. Mais de 65% dos quase 4 mil entrevistados (dos quais 66% era mulher) disseram concordar total ou parcialmente com a afirmação de que as mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas. Além disso, 58,5% dos entrevistados concordaram totalmente ou parcialmente com a frase “Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros”. Apenas 30,3% discordaram totalmente, 7,6% discordaram parcialmente e 2,6% se declararam neutros.
“Por trás da afirmação, está a noção de que os homens não conseguem controlar seus apetites sexuais; então, as mulheres que os provocam é que deveriam saber se comportar, e não os estupradores. A violência parece surgir, aqui, também, como uma correção. A mulher merece e deve ser estuprada para aprender a se comportar”, dizem os pesquisadores, que consideraram os resultados preocupantes. Para o instituto, embora a violência física não seja mais tolerada, a grande maioria da população ainda enxerga o homem como o chefe da família e que à mulher cabe “se dar ao respeito” – 34,6% concordam que tem mulher que é para casar e tem mulher que é para cama. Leia a pesquisa aqui.
Leia também:

Venezuela criará Conselho Nacional de Direitos Humanos para lidar com a crise
Venezuela Tense As Unrest Over President Maduro's Government Continues
O vice-presidente da Venezuela, Jorge Arreaza, anunciou nesta quinta (27) que o governo vai criar um Conselho Nacional de Direitos Humanos para receber denúncias e investigar suspeitas de violação desses direitos. Segundo ele, “todas as instituições ligadas ao tema de direitos humanos e representações de organizações não governamentais poderão fazer parte do órgão”. Há um mês o governo promove conferências de paz para tentar solucionar a crise política marcada por violentos protestos diários da sociedade civil e que deixou 37 mortos até agora. Os manifestantes reclamam de abusos cometidos na repressão aos protestos, mas o governo diz que só está reprimindo as manifestações violentas e o vandalismo de grupos de extrema direita.
Na terça (25), foi anunciada a detenção de três generais da Força Aérea do país – que, segundo o governo, mantinham ligações com grupos de direita, opositores ao presidente – , acusados de planejar um golpe de estado. O anúncio foi feito pelo presidente Nicolas Maduro enquanto iniciava uma conferência nacional de paz com a presença de uma comitiva de chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que manteve reuniões com representantes do governo venezuelano e representantes do comércio, empresários, movimento estudantil e alguns partidos políticos opositores. As Forças Armadas venezuelanas reafirmaram seu apoio ao presidente.
Nesta sexta (28), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, Martin Schäfer,acusou Caracas de violar direitos humanos da oposição e garantiu que tem observado há dias com atenção a situação na Venezuela e está “intranqüilo” com o que tem acontecido no país.  Ele também exigiu a iniciada “urgente” de um diálogo que “acabe com a escalada de violência”.

ONU aprova resolução contra anexação da Crimeia à Rússia
A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou na quinta (27) uma resolução na qual formaliza uma posição da comunidade internacional contra a anexação da Crimeia feita pela Rússia, dizendo que o referendo no qual se votou a separação da península não tem validade, e declarou apoio à integridade do território ucraniano. Estados Unidos e União Europeia já haviam rejeitado mais a ação russa e proposto sanções ao país. O texto da resolução, claramente direcionado à Rússia, não menciona o nome do país e foi aprovado com 100 votos a favor, 11 contra e 58 abstenções.
Também na quinta, o presidente do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, Andriy Parubiy, disse às autoridades americanas que a Rússia colocou 100 mil militares ao longo da fronteira com o país. “Eles estão prontos para atacar há várias semanas”, disse Parubiy em uma videoconferência. “As tropas russas não estão só na Crimeia, estão ao longo de toda a fronteira. No Norte, no Leste, no Sul”. Segundo ele, a Rússia pretende estimular o sentimento separatista em outras regiões da Ucrânia e o país teme uma incursão militar a Leste do país. O presidente interino ucraniano, Olexander Tuchinov, pediu ao Parlamento a aprovação de exercícios militares com parceiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte. A  aliança militar ocidental poderia responder a um ataque russo.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou um plano de resgate de até 13,1 bilhões de euros para impedir que a crise com a Rússia leve o país à falência. O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Iatseniuk, apresentou uma proposta de Orçamento do Estado para 2014 que inclui importantes cortes na despesa social e aumentos de impostos, e advertiu que uma não aprovação pode resultar na falência da economia. “A economia ucraniana vai cair este ano cerca de 3%. Isso no caso de aprovarmos o pacote de leis apresentado pelo governo. Caso contrário, prevemos a falência e uma queda de 10%” do Produto Interno Bruto (PIB), disse Iatseniuk aos deputados do Parlamento.

7 milhões de pessoas morreram em 2012 por exposição à poluição do ar
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça (25) um relatório apontando que uma em cada oito mortes em 2012 foi causada pela exposição à poluição do ar, dado que duplica números anteriores e confirma que a poluição do ar é agora o maior fator de risco ambiental para a saúde humana no mundo. Ao todo, 7 milhões de pessoas morreram em 2012 por causa disso. “Os riscos da poluição do ar são agora muito maiores do que se pensava, particularmente no que diz respeito a doenças coronárias e acidente vascular cerebral [AVC]”, disse a diretora do Departamento da OMS para a Saúde Pública, Ambiente e Determinantes Sociais da Saúde, Maria Neira, à Agência Brasil. Reduzir a poluição do ar poderia salvar milhões de vidas, destaca o relatório. A poluição do ar interior esteve ligada a 4,3 milhões de mortes em 2012 em lares com fogões a carvão, lenha ou biomassa. A poluição do ar exterior está na origem de 3,7 milhões de mortes em todo o mundo. As mulheres e as crianças pobres são as maiores vítimas da poluição do ar interior porque passam mais tempo em casa, respirando fuligens de fogões a carvão e a lenha.
GUIA DO ESTUDANTE

Pronatec com inscrições abertas para 120 vagas em cursos gratuitos

Do NE10
Estão abertas as matrículas para 120 vagas em cursos gratuitos do Senac, através do  Pronatec. As oportunidades são para as cidades de Recife, Caruaru e Petrolina. As vagas são para os cursos de Ilustrador, Artesão de pintura em tecido, Fotógrafo, Modelista e Programador de Web. 

Os interessados em participar devem atender aos requisitos do curso escolhido e fazer a pré-matrícula nas instituições parcerias em cada município 

Em seguida, os candidatos devem comparecer à Unidade do Senac, onde o curso será realizado, para efetivar a matrícula. O processo para participação estará aberto enquanto houver vagas.Informações através do telefones:

em Recife, Secretaria de Cultura de Pernambuco – Secult-PE (81) 3184-3113 / 3184-3114; Em Caruaru, Fundação de Cultura - (81) 3721-3285; em Petrolina: (87) 2101-4300.

sábado, 29 de março de 2014

Ainda o silêncio Quase 50 anos após o golpe, o tema continua sendo encarado com ressalvas em sala de aula



  • Exibição de "material subversivo" no mês seguinte ao golpe.
    Exibição de "material subversivo" no mês seguinte ao golpe.
    O golpe de 1964 e a ditadura militar (1964-1985) ainda aparecem pouco em sala de aula. A atuação recente da Comissão da Verdade é uma boa oportunidade para que esse passado que ainda não passou seja incorporado com mais intensidade ao ensino de História. A atualidade do tema se impõe, mas há também uma necessidade política. Alguns estudos sugerem que, em comparação com jovens argentinos e uruguaios, os brasileiros são os que menos têm interesse sobre o passado militar e os que têm menores rejeições a “opções militaristas”. Eles também são os mais despolitizados e os que menos defendem valores democráticos. Os dados servem de alerta.

    De 1964 até os dias de hoje, a historiografia e o ensino mudaram em vários aspectos, assim como os olhares sobre o golpe. As várias explicações nos livros didáticos – às vezes de um mesmo autor em obras diferentes – mostram que, na escrita histórica do tempo presente, muitas vezes há certa autonomia dos autores em relação à produção historiográfica. Por isso, uma forma interessante de trabalhar com os livros didáticos de História é entendê-los como intérpretes doadores de sentidos ao “acontecimento traumático” golpe de 1964.
    Em uma ampla análise de quase 80 livros didáticos produzidos entre 1973 e 2000, nota-se que as abordagens adotadas muitas vezes se concentram nas figuras de Jânio Quadros e João Goulart, individualizando e psicologizando o acontecimento, que é visto como fruto apenas das contingências imediatas. Percebe-se boa dose de determinismo e a predominância do tempo curto sobre todas as outras possibilidades de explicação. O golpe a ser dado era inevitável e seria bem-sucedido. Possibilidades disponíveis, mas perdidas, são ignoradas, como se outras alternativas fossem impossíveis dentro das limitações da conjuntura histórica do pré-golpe.
    A presença de civis e o papel desempenhado pelos militares na tomada do poder não costumam ser problematizados.
    Na maioria dos livros analisados, o ex-presidente Jânio Quadros é constantemente retratado como um homem carismático, mas imprevisível. A renúncia de Jânio, em 1961, foi apontada como uma das causas centrais do golpe militar em boa parte dos livros dos anos 1970 e 1980, mas ela praticamente desaparece nos livros mais recentes. Essa mudança se dá, provavelmente, pelas referências historiográficas que servem de apoio aos autores dos livros. Naquelas décadas, havia a influência do trabalho de Thomas Skidmore (Brasil: de Getúlio Vargas a Castelo Branco, de 1969), que enfatiza a crise de 1961, ao passo que nos livros produzidos após a década de 1980 houve a influência da reflexão de René Dreifuss (1964. Aconquista do Estado, de 1981), que minimiza essa crise. É interessante notar que o trabalho de Argelina Figueiredo (Democracia ou Reformas?, de 1993), que revaloriza a crise de 1961, é mencionado em apenas um dos livros analisados.
    Alguns deles destacam que as “agitações políticas” durante o governo de Goulart teriam desencadeado o golpe de 1964, como a Revolta dos Marinheiros, em 25 de março do mesmo ano. Já segundo outras obras, a “incapacidade do governo de João Goulart” foi uma das principais causas do golpe militar e civil. A referida incapacidade diz respeito às escolhas feitas por ele e à sua suposta covardia, demonstrada na sua fuga do Brasil no momento em que os militares tomavam o poder. Na maioria dos livros didáticos das décadas de 1970 e 1980, os golpistas não seriam apontados como causa fundamental do golpe. Neles, as origens do golpe estão ligadas, em geral, a crises econômicas e à inabilidade de João Goulart no governo.
    Nos livros das décadas seguintes, essas duas origens não mais aparecem. Porém, surgem quatro causas novas: choques entre grupos de esquerda e grupos de direita, fatos que ocorreram em março de 1964, política desenvolvimentista da década de 1950 e que o golpe de 64 teria sido um adiamento do golpe planejado em 1961.
    Em geral, a inevitabilidade do golpe está presente.  E isso tanto nos livros que enfatizam a ideia de que 1964 foi fruto de uma conspiração como naqueles em que o golpe é visto como uma ação preventiva da direita contra uma futura ação da esquerda revolucionária. Um aspecto factual, por exemplo, merece ser problematizado em sala de aula. Trata-se da vacância da Presidência. Muitos livros atribuem a suposta fuga de João Goulart para o Uruguai como a razão da decretação da vacância pelo presidente do Senado, Auro de Moura Andrade. Essa “versão” é desmentida pela realidade e legitima o golpe. Na verdade, a vacância anunciada em 1º de abril de 1964 foi inconstitucional, na medida em que João Goulart permaneceu no país até o dia 4 de abril.
    É importante perceber que os livros didáticos não são uma mera transposição de um saber acadêmico para um saber escolar. Os autores dos livros didáticos  desempenham a função de conservação e recriação da memória ao escreverem e reescreverem continuamente a história de acontecimentos como a ditadura militar. Eles se tornaram os guardiões e construtores do saber escolar e da memória histórica. Seria necessário pensar a História para além da fascinação pela origem. Afinal, a contradição que os historiadores das origens pretendem superar é, em certa medida, insuperável, pois, após uma longa busca das causas “profundas” e “imediatas”, eles retornam sempre ao caráter contingente do começo de um evento. Assim, além da ocorrência do golpe, outra questão de fundo a ser pensada é a seguinte: por que razões o golpe de 1964 foi duradouro e bem-sucedido do ponto de vista daqueles que foram vitoriosos?
    Uma boa compreensão do contexto tende a ser mais interessante do que a busca das “causas”. A hierarquização de “causas” tem uma eficácia didática, mas não necessariamente explicativa. Assim, é preciso criar situações em que os alunos possam relativizar a importância de uma causa de curta, média e longa duração em detrimento de outras. Algumas atividades podem ser estimulantes, como pedir que cada grupo eleja e defenda uma “causa” como determinante, ou confrontar o texto do livro didático com a Wikipédia. O que pode levar, inclusive, a uma tentativa de reformulação do texto da enciclopédia digital.
    Para esse tipo de atividade, um importante auxílio aos professores pode ser obtido em sites blogs sobre o tema. O blogbrasilrecente.com, por exemplo,traz respostas complexas para questões como: por que Goulart não resistiu? Goulart poderia tornar o Brasil socialista?Ao refletir sobre essas e outras questões, é preciso fazer a difícil articulação entre o passado e o presente. Assim, pode ser interessante questionar o que permanece da ditadura na sociedade brasileira. Construir comparações ou analogias, por meio da análise de diferenças e semelhanças entre, por exemplo, questões relativas à tortura e à violência de ontem e de hoje pode ser um importante instrumento de politização e desenvolvimento do pensamento histórico. Trata-se de refletir continuamente sobre o que se passou antes e depois que a experiência democrática vivida pelo Brasil desde 1945 foi lamentavelmente interrompida no ano de 1964. O livro didático é, assim, apenas mais um instrumento desse processo.
    Um uso bom e criativo do livro didático pressupõe que o professor trabalhe com um conceito de tempo mais heterogêneo e plural, e continuamente se interrogue sobre a elaboração do livro como um todo. Em outras palavras, é importante questionar o que fabrica o autor de livros didáticos quando escreve a História. Esse tipo de postura crítica e ativa contribui para manter presente o acontecimento “golpe de 1964”, a fim de guardá-lo como algo a ser pensado, impedindo sua dispersão no tempo e no esquecimento.

    Mateus Henrique de Faria Pereiraé professor da Universidade Federal de Minas Gerais e autor de A Máquina da Memória/Almanaque Abril: o tempo presente entre a história e o jornalismo (Edusc, 2009).

    Saiba Mais - Bibliografia
    CERRI, Luís Fernando. “O estudo empírico da consciência histórica entre jovens do Brasil, Argentina e Uruguai”. In: FONSECA, Selva Guimarães; GATTI JR., Décio. (orgs.). Perspectivas do Ensino de História: ensino, cidadania e consciência histórica, vol. 1.  Uberlândia: Editora da Universidade Federal de Uberlândia, 2011.
    FICO, Carlos. “Versões e controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar”. In: Revista Brasileira de História,2004.  
    TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir. O que resta da ditaduraa exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010.

    Saiba Mais - Internet
    PEREIRA, Mateus. H. F.; PEREIRA, Andreza C. I.  Os sentidos do golpe de 1964 nos livros didáticos de História (1970-2000): entre continuidades e descontinuidades. Tempo. Revista do Departamento de História da UFF.www.historia.uff.br/tempo/site/wp-content/uploads/2011/04/v15n30a09.pdf

http://www.revistadehistoria.com.br/secao/educacao/ainda-o-silencio