sábado, 31 de janeiro de 2015

Pesquisa da USP mostra que crise hídrica em SP foi agravada por problema de governança


Um grupo de pessoas protestou no começo da semana em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, contra a crise hídrica vivida no estado de São Paulo. A manifestação foi organizada pela ProTeste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) e defendia que o racionamento de água na capital paulista fosse oficialmente decretado pelo governador Geraldo Alckmin.

A coordenadora do ProTeste, Maria Inês, explicou o porquê da defesa: “Queremos transparência neste processo, que o racionamento seja decretado de forma oficial, porque só assim pode se cobrar a sobretaxa. Estão cobrando uma tarifa adicional sem instituir oficialmente o racionamento”, declarou à Agência Brasil. O problema, no entanto, vai muito além da questão do direito do consumidor de ser informado sobre o racionamento. A demora para admitir a crise fez com que as chances de agir a tempo diminuíssem. A capacidade do sistema Cantareira, que abastece 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, chegou a  5,1% nesta sexta-feira (30). Pelo cálculo de especialistas, se nada for feito para diminuir o consumo, a água deverá se esgotar completamente antes de abril. E aí, como vai ser a vida sem água?
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A crise hídrica atinge diversos pontos do Brasil, com destaque para o Sudeste. Os efeitos mais profundos são notados no estado de São Paulo. Sem uma perspectiva de recuperação dos reservatórios que abastecem a maior região metropolitana do Brasil, a Sabesp, empresa de abastecimento, divulgou nos últimos dias que cogita adotar um drástico racionamento. Se implantando, serão cinco dias sem água e dois com. O governo de SP também decidiu convocar a ajuda de empresas especialistas em recursos hídricos para apresentar propostas de curtíssimo prazo para a crise. A reunião deve acontecer nos próximos dias. As prefeituras dos municípios mais atingidos também começaram a se organizar em reuniões para pensar em soluções juntamente com o governo federal. Porém, a movimentação política é tardia. Segundo esse especial sobre a Crise da Água, feito pelo site da Revista Superinteressante, o problema é conhecido desde 2004.
Uma pesquisa recém divulgada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, constatou que a atual situação do Sistema Cantareira é um problema de governança, acentuado pelas questões climáticas e por sua realidade socioambiental. Falta de articulação e diálogo também contribuíram com o colapso do sistema. Entre os anos de 2013 e 2014, a mestre e doutora em Ecologia Aplicada, Micheli Kowalczuk Machado, conduziu estudos que mostram que atualmente não existe nenhum tipo de mecanismo de interação entre as ações das Unidades de Conservação e dos Comitês de Bacias Hidrográficas. “Ações articuladas entre essas organizações são essenciais e cada vez mais necessárias para procurar soluções”, afirma. Segundo Micheli, a população deve estar realmente envolvida nas discussões, por isso há também a necessidade de elaborar estratégias que ampliem a participação e a mobilização social e que trabalhem o diálogo de saberes.
Fatores como a vontade política; a demanda crescente pelo uso da água; a degradação ambiental dos mananciais; a expansão urbana desordenada; o desperdício no próprio Sistema e a falta de um real envolvimento e conhecimento da população acerca da realidade existente na área demonstram que não se trata somente de um problema de falta de chuvas. De acordo com a pesquisadora, “se não forem realizadas mudanças na forma como os recursos hídricos são geridos, teremos apenas medidas paliativas que terão resultados por um curto período de tempo, além de novos episódios de escassez, talvez ainda piores e que afetarão a economia, a qualidade de vida e o meio ambiente”.
Questão de vestibular
Provas como a Fuvest e o vestibular da Unicamp cobraram a crise hídrica em sua última edição – e exigiram do estudante uma visão crítica e abrangente sobre o tema. Veja um exemplo, tirado da Fuvest 2015:
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Resposta: E. 
*Com informações da Agência USP e da Agência Brasil
GUIA DO ESTUDANTE

Matrículas dos aprovados na UPE começam em 10 de fevereiro

UPE
O listão com os nomes dos aprovados nos processos de ingresso de 2015 da Universidade de Pernambuco (UPE) saiu nesta sexta-feira (30) e os feras classificados já precisam ficar ligados. As matrículas na instituição já acontecem de 10 a 12 de fevereiro. O procedimento para os aprovados dos cursos ofertados nos campi do Recife e de Camaragibe devem se matricular na Faculdade de Enfermagem da UPE, localizada no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Já os candidatos que irão estudar no interior do Estado devem procurar as unidades correspondentes aos cursos em que foram aprovados.
CONFIRA TAMBÉM

Cada dia será reservado a um grupo diferente, confira:
» 10 DE FEVEREIRO, DAS 8h às 12h
Participam todos os feras aprovados através do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) de todos os cursos nas vagas de ampla concorrência de primeira e segunda entradas;

» 10 DE FEVEREIRO, DAS 13h às 17h
Inscrevem-se os candidatos aprovados através do Vestibular tradicional da instituição de todos os cursos nas vagas de ampla concorrência de primeira e segunda entradas;

» 11 DE FEVEREIRO, DAS 8h às 12h
Inscrevem-se os aprovados no Sistema Seriado de Avaliação (SSA) de todos os cursos nas vagas reservadas para o sistema de cotas na primeira e segunda entradas;

» 11 DE FEVEREIRO, DAS 13h às 17h
Devem comparecer os feras aprovados no Vestibular tradicional da UPE de todos os cursos que passaram nas vagas do sistema de cotas para primeira e segunda entradas;

» 12 DE FEVEREIRO
Matrícula para os candidatos retardatários que não realizaram o procedimento nos dias anteriores.

No ato de matrícula, é necessário apresentar os documentos listados no edital divulgado pela instituição. Quem não realizar a matrícula nas datas acima será automaticamente desclassificado. A primeira lista de remanejamento da UPE será divulgada no dia 2 de março.
NE UOL

A estratégia do fera que conquistou os primeiros lugares das principais universidades de Pernambuco

1º lugar vestibular tradicional UPE

João Lucas conquistou os primeiros lugares da UPE, UFPE e UnB (Foto: Divulgação)
Se existisse um ranking de aprovações em vestibulares, com certeza o estudante pernambucano João Lucas Fernandes, 18 anos, estaria figurando entre os primeiros da lista. Na manhã desta sexta-feira (30), ele “arrematou” mais um primeiro lugar no Vestibular 2015 da Universidade de Pernambuco, com a nota 88,03 e aprovação no curso de engenharia de automação e controle. O “currículo do fera” conta ainda com dois primeiros lugares na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – nos anos de 2014 e 2015 para os cursos de bacharelado em física e matemática, respectivamente -, e o primeiro lugar do vestibular 2014 da Universidade de Brasília (Unb), com aprovação em medicina.
Apesar de tantas aprovações no ano passado, João Lucas resolveu não fazer nenhum dos cursos, pois o seu desejo era estudar engenharia no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e, por mais inacreditável que possa parecer, ele não conseguiu ser aprovado em 2014. A tão sonhada aprovação aconteceu neste ano e o estudante já está em São Bernardo, em São Paulo, para iniciar o curso de engenharia mecânica.
CONFIRA TAMBÉM:

Para João Lucas, não existe segredo para tantas conquistas: basta ter dedicação. Ele afirma que apesar de estudar todos os dias, sempre conseguiu organizar o tempo e não abriu mão dos momentos de lazer. “Pelo menos uma vez por semana, eu reservava um tempo pra mim, longe dos livros. Também não adianta tentar estudar quando você já está cansado. É melhor dar uma pausa para relaxar a cabeça”, afirma João Lucas.
O estudante acredita que responder questões de provas antigas é uma ótima forma de ganhar experiência. “Sempre busquei provas de vestibulares passados, além de me inscrever em vários vestibulares para ganhar experiência. Foi por isso que fiz o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) novamente”, conta.
Questionado se desanimou com o reprovação do ITA no ano passado e se o motivo foi nervosismo, já que tinha estudando tanto, João Lucas disse que encarou a notícia de forma natural, pois sabia que a prova era difícil, e contou que não estava nervoso. “Na verdade, fiz uma prova ruim de física e errei na estratégia. Perdi tempo tentando resolver questões objetivas mais difíceis, em vez de ir para as perguntas discursivas”, explicou. A prova do ITA possui 20 questões objetivas e 10 discursivas.
Este ano, João Lucas usou a sua estratégia de sempre e conquistou a aprovação. Segundo ele, o “segredo” é responder primeiro as questões mais fáceis e que demandam menos tempo, depois as mais trabalhosas e, por último, as perguntas mais difíceis ou que não lembre da resposta. “Acabo lendo a prova três vezes, mas garanto que consigo economizar tempo dessa forma”.
NE UOL

Estudar Medicina na Argentina - Universidad de Morón

MEC lançará consulta pública sobre novas regras para o Enem - sejabixo! - 30/01/15



O ministro da Educação, Cid Gomes, disse hoje (30) que colocará em consulta pública, nas próximas semanas, um novo modelo de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O novo formato prevê a criação de um banco digital de questões e permitiria o agendamento da prova, que passaria a ser online. O exame, obrigatório para ingressar em universidades federais, é aplicado simultaneamente, em todo o país, e teve 8,7 milhões de inscritos em 2014. 

Cid Gomes destacou que a consulta pública será um "pré-requisito para se pensar em um Enem online, que é ter um grande banco de questões". No Rio de Janeiro, o ministro visitou o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ). "Se a gente tiver, para cada uma das áreas, cerca de 8 mil perguntas, se eu tiver esse banco de dados, ele pode ficar aberto ao público, é uma grande fonte de estudo", acrescentou.

Ele disse que a proposta é que o aluno possa acessar o banco de dados para estudar e aprimorar os conhecimentos. As questões da prova do Enem, segundo ele, seriam sorteadas pelo sistema online. "Se a pessoa aprender, com base nesse banco de dados, de 8 mil questões, ótimo. Se ela for capaz de decorar [as respostas], sem entender 8 mil quesitos é um gênio e merece uma vaga nas melhores instituições de ensino", disse.

Outra vantagem a seu ver é que as provas online seriam exclusivas, compostas por questões do banco e não mais um único modelo como é atualmente. Cid Gomes disse que o novo modelo de prova do Enem inibiria denúncias de vazamento, como o ocorrido na última edição, no Piauí. Sobre o caso, que foi investigado pela Polícia Federal, o ministro esclareceu que o tema da redação foi antecipado para cerca de 30 pessoas de um grupo de rede social privada em telefones celulares, minutos antes da prova.

"Ficou muito claro que essa antecipação, de 15 minutos, não permitiu benefício para ninguém", disse. "Há de se convir que 15 minutos [de antecipação de tema] não permite uma pessoa ter um desempenho melhor [na redação]". Por causa do vazamento, o Ministério Público Federal no estado pediu a anulação da prova, recusado pela Justiça.

Ainda em fase de discussão, o Enem online foi inspirado nos exames de legislação do Detran, que já podem ser agendados com antecedência, de acordo com a conveniência do aluno. Para dar certo, esclarece Gomes, o ministério designaria os locais de prova para cada estudante.

Fonte: Agência Brasil - http://agenciabrasil.ebc.com.br


MEC lançará consulta pública sobre novas regras para o Enem - sejabixo! - 30/01/15

Unicamp divulgará, segunda-feira (2/2), aprovados no Vestibular 2015 - sejabixo! - 30/01/15

A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) vai divulgar, na próxima segunda-feira, dia 2 de fevereiro, às 14h, em sua página na internet (www.comvest.unicamp.br) a lista de convocados em primeira chamada no Vestibular Unicamp 2015. Os candidatos também poderão consultar a convocação, individualmente, através do número de inscrição ou nome na página eletrônica da Comvest. Todos os convocados nesta chamada deverão realizar sua matrícula não presencial entre os dias 3 e 4 de fevereiro, exclusivamente na página da Comvest, utilizando seu número de inscrição e senha, caso tenham interesse em estudar na Unicamp. O candidato convocado que não realizar a matrícula pela internet, perde, irrevogavelmente, o direito à vaga para a qual foi convocado e não poderá ser chamado para esta vaga nas próximas listas.

Os candidatos que realizarem a matrícula não presencial terão mais um compromisso: fazer a matrícula presencial. No dia 6 de fevereiro (às 12h), será divulgada a segunda chamada, composta por todos os candidatos que fizeram a matrícula não presencial pela internet (na página da Comvest) e demais candidatos aprovados, respeitando a ordem de classificação nos cursos. Todos os convocados no dia 6/2 deverão realizar a matrícula presencial no dia 11 de fevereiro, nos respectivos campi, conforme indicado no Manual do Candidato.

As notas dos candidatos na segunda fase serão divulgadas no dia 5 de fevereiro. A Comvest prevê até 10 chamadas no total. O calendário completo de chamadas e matrículas está disponível na página eletrônica da Comvest e no Manual do Candidato, bem como as orientações e documentos necessários para a matrícula. A Comvest ressalta que é responsabilidade de cada candidato informar-se sobre as listas de chamada.

A Comvest registrou um número recorde de inscritos no Vestibular Unicamp 2015: 77.146 candidatos. Os candidatos concorrem a 3.320 vagas em 70 cursos de graduação da Unicamp.

Unimontes divulga a lista dos 1.055 aprovados no vestibular de final de ano - sejabixo! - 30/01/15

A Universidade Estadual de Montes Claros divulgou na manhã desta sexta-feira (30/01), a lista dos 1.055 aprovados em 52 cursos no 1º Processo Seletivo/2015. Destes, 757 estavam inscritos pelo sistema universal e 298 no sistema de reserva de vagas: afrodescendentes (128), egresso de escola pública (160), portador de deficiência (8) e indígena (2).

Clique aqui para ver a Lista de aprovados

As matrículas devem ser efetuadas na segunda e terça-feira, dias 2 e 3 de fevereiro e a documentação exigida para a matrícula é esta: cópias autenticadas da certidão de nascimento, título eleitoral, comprovante da Justiça Eleitoral das últimas eleições (1º e 2º turnos), certificado de reservista, carteira de identidade, CPF, histórico do ensino médio (original e cópia) e uma foto 3x4 recente.
Unimontes divulga a lista dos 1.055 aprovados no vestibular de final de ano - sejabixo! - 30/01/15

Fuvest divulga aprovados em 1ª chamada no vestibular 2015 - sejabixo! - 30/01/15

Foi divulgado hoje, 30, o resultado do vestibular Fuvest 2015, que ofereceu 11.177 vagas (11.057 na USP e 120 no curso de medicina da Santa Casa). 

Clique aqui para ver o resultado no site da Fuvest.

Esta edição do vestibular teve 141.888 inscritos, com 29.698 candidatos convocados para a 2ª fase (2.227 eram treineiros). 

Mais informações sobre as matrículas: www.fuvest.br
Fuvest divulga aprovados em 1ª chamada no vestibular 2015 - sejabixo! - 30/01/15

Estão abertas as inscrições para o Vestibular FBV/DeVry de 7 de fevereiro - sejabixo! - 30/01/15




As inscrições para o Vestibular 2015.1 no Recife, estão abertas na FBV | DeVry e podem ser feitas até às 18h do dia 06 de fevereiro de 2015, pelo site www.fbv.edu.br

As provas serão realizadas no dia 7 de fevereiro de 2015 (sábado), das 09h às 12h30.

Mais informações: www.fbv.edu.br ou no (81) 3081.4446


Estão abertas as inscrições para o Vestibular FBV/DeVry de 7 de fevereiro - sejabixo! - 30/01/15

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Veja listão do Vestibular 2015 tradicional e SSA 3 da UPE


A Universidade de Pernambuco (UPE) acaba de divulgar o resultado do seu processo de ingresso 2015, que inclui as listas do Sistema Seriado de Avaliação e do

Vestibular tradicional. Para saber o resultado, basta clicar nos links abaixo:

NE UOL

Dois primeiros lugares do SSA 3 são de medicina

O primeiro lugar Paulo Silveira Cardoso entre  Paulo Vitor Carvalho Ribeiro e Rafael Mendes Campelo

O primeiro lugar Paulo Silveira Cardoso entre Paulo Vitor Carvalho Ribeiro e Rafael Mendes Campelo, que garantiram as melhores notas. Foto: Malu Silveira/NE10
A Universidade de Pernambuco (UPE) divulgou no início da tarde desta sexta-feira (30) os nomes dos primeiros colocados do Sistema Seriado de Avaliação (SSA 3). As duas melhores notas são do curso de medicina: em primeiro  lugar ficou o estudante Paulo Silveira Cardoso, com a pontuação 84,30; e na segunda posição ficou  Paulo Vitor Carvalho Ribeiro, com a nota 84,13. O terceiro lugar foi conquistado por Rafael Mendes Campelo,  do curso de engenharia elétrica/ eletrônica, com a nota  84,10.
No sistema de cotas os três primeiros lugares também foram conquistados  pelo curso de medicina. O primeiro lugar foi André Luiz Belém Negromonte,  com pontuação 74,60.  A segunda colocada foi a estudante Ana Beatriz Araújo Leite com 71,54 e a terceira posição ficou com Cláudia Miranda Ferreira Figueiroa, com a nota 70,87.
Ao todo, 11.878 candidatos se inscreveram para o Sistema Seriado de Avaliação (SSA) da Universidade de Pernambuco (UPE). A instituição oferece 3.460 vagas nos 53 cursos de graduação, sendo 2.074 vagas no exame tradicional e 1.386 no SSA. Os cursos são distribuídos nos câmpus Recife, Camaragibe, Mata Norte, Mata Sul, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Serra Talhada, Salgueiro e Petrolina. As provas dos processos seletivos aconteceram nos dias 16 e 17 de novembro, para os inscritos no seriado, e 7 e 8 de dezembro para os candidatos a uma vaga no vestibular.
Os feras classificados deverão realizar suas matrículas entre os dias 10 e 12 de fevereiro.
NE UOL

Primeiro lugar da UPE também teve nota mais alta no Vestibular da UFPE

João Lucas com a namorada Rafaela Farias. Foto: Facebook

João Lucas com a namorada Rafaela Farias. Foto: Facebook
A Universidade de Pernambuco (UPE) acaba de divulgar os nomes dos primeiros colocados no vestibular tradicional da instituição. O primeiro lugar foi o estudante João Lucas Fernandes, do curso de engenharia de automação e controle, com a nota 88,03. Em segundo lugar ficou Bruno de Souza Leão Torres,  de engenharia civil com a  pontuação 87,62. O terceiro lugar é Bruno de Oliveira Lima, de medicina, com a nota 85,93. O listão com a relação completa será divulgada logo mais.
No Vestibular da UFPE, João Lucas Fernandes dos Santos também garantiu a maior nota. Ele passou em matemática com 881.29. Ele mora no bairro da Madalena, na Zona Norte do Recife.
No vestibular do ano passado, João Lucas também garantiu o primeiro lugar na UFPE. Ele foi aprovado em bacharelado em física com a nota 8,6307. Mesmo com o resultado, o candidato não se matriculou porque seu sonho era estudar engenharia no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), vaga conquistada este ano. Também em 2014, o jovem passou em medicina na Universidade de Brasília (UnB), onde também foi primeiro lugar geral no vestibular.
Os três melhores colocados  do  sistema de cotas da UPE também foram divulgados. O primeiro lugar foi conquistado por Heitor Rodrigues de Melo Brito,  do curso de medicina com a nota 80,44. A segunda colocada foi Marina Freitas de Moura, de direito com a pontuação de 78,30. O terceiro lugar foi de André Luiz Belém Negromonte também do curso de medicina, com a nota 77,7.
Ao todo, 39.494 candidatos se inscreveram para o vestibular tradicional da Universidade de Pernambuco (UPE). A instituição oferece 3.460 vagas nos 53 cursos de graduação, sendo 2.074 vagas no exame tradicional e 1.386 no Sistema Seriado de Avaliação (SSA). Os cursos são distribuídos nos câmpus Recife, Camaragibe, Mata Norte, Mata Sul, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Serra Talhada, Salgueiro e Petrolina. As provas do processos seletivos aconteceram nos dias 16 e 17 de novembro, para os inscritos no seriado, e 7 e 8 de dezembro para os candidatos a uma vaga no vestibular.
Este é o último ano do vestibular tradicional da UPE. A instituição adere, a partir deste ano, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu).   Os feras classificados deverão realizar suas matrículas entre os dias 10 e 12 de fevereiro.
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Desenhista da Marvel conta como é o trabalho em grandes editoras de histórias em quadrinhos


Se você é fã de quadrinhos e de super-heróis deve acompanhar as aventuras dos personagens das duas maiores editoras norte-americanas: a Marvel e a DC Comics. X-Men, Os Vingadores, O Incrível Hulk, Homem-Aranha, Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman e Lanterna Verde são alguns dos protagonistas das revistas em quadrinhos publicadas pelas companhias estadunidenses – muitos deles, inclusive, ganharam seu próprio filme ou desenho animado.

Para criar uma boa história em quadrinhos é preciso, além de um roteiro interessante, desenvolver os personagens. Você já parou para pensar quem desenha os super-heróis que nós conhecemos? O paraibano Mike Deodato Jr. é um desses artistas. O quadrinista já foi responsável por dar forma à Mulher Maravilha (DC) e ao Incrível Hulk (Marvel). Atualmente, é o desenhista oficial dos quadrinhos “Os Vingadores” e “Os Novos Vingadores”, para a Marvel.
(Imagem: Mike Deodato/Arquivo pessoal)
Mike contou para o Guia do Estudante sua história com os quadrinhos, que se iniciou ainda cedo, quando o desenhista tinha apenas 13 anos e poucos recursos. Ele explica que o mercado atual – tanto o brasileiro, quanto o do exterior – é favorável para os aspirantes a quadrinista. Com a internet, os caça-talentos de companhias grandes já procuram por novos nomes em sites de portfólio. “Hoje há escolas de quadrinhos aos montes e de muito boa qualidade no Brasil. Aprender não é problema. E para publicar há a internet. Basta fazer seu quadrinho online, em seu blog ou em sites como o Tumblr e o deviantART.”
O quadrinista ainda destaca que o surgimento dos sites de financiamento coletivo (crowdfunding) impulsionou a publicação impressa dos trabalhos de desenhistas brasileiros. “Em vez de você ir lá bater na porta das editoras e pedir para ser publicado, você posta o seu projeto no site e deixa uma mensagem direta para o público sobre o seu trabalho. Você consegue aprovar e financiar seu projeto se o público gostar”, explica. E acrescenta: “Acredito que os quadrinhos estão deixando de ser marginais. Eles já tiveram seu momento de glória nos anos 1960 e foram caindo com o surgimento da internet e dos videogames. Mas hoje estão se popularizando novamente. É muita coisa boa acontecendo no Brasil, estamos em um momento muito bom de turbulência criativa”. Então, se você se interessa pelo assunto ou sonha em seguir carreira com desenho, seja fazendo sua própria webcomic ou desenhando grandes super-heróis, vai gostar de saber um pouco mais sobre o processo criativo dos quadrinistas e como Mike fez para ter seu trabalho reconhecido pelas gigantes do mundo dos quadrinhos – mesmo sem sair do país.
O interesse pelos quadrinhos
O interesse pelas HQs começou cedo, graças à influência de seu pai, o jornalista Deodato Taumaturgo Borges, criador do super-herói Flama. “Com 13 anos eu decidi que ia ser desenhista de quadrinhos”, lembra. “Normalmente, o filho acha que o pai é o herói. No caso do meu pai, ele era quase um herói de verdade! Ele criou o Flama para as novelas de rádio e também produzia e interpretava o personagem – então ele era o Flama, era a voz dele.”
Acostumado com as histórias de super-heróis, Mike começou a produzir seus próprios gibis, roteirizados por seu pai e desenhados por ele. O incentivo da família foi importante para que o quadrinista pudesse, inclusive, imprimir as publicações e distribui-las aos seus amigos e nas bancas da capital paraibana. “Minha história foi diferente da maioria dos quadrinistas: eles geralmente enfrentam a resistência da família, que acha que a profissão não vai dar dinheiro. Meus pais não. Eles me apoiaram desde o começo”, diz.
Nos anos 80, não havia escola de desenhos voltada para os quadrinhos em João Pessoa. Então, o desenhista decidiu ingressar na faculdade de Comunicação Social da UFPB para estudar Jornalismo. “Eu já trabalhava no setor de arte de um jornal desde os 17 anos, então pensei que poderia me interessar”, conta. Mas estudar Comunicação não era exatamente o que Mike procurava e ele deixou a faculdade quando ganhou um edital do governo do estado para desenhar a história da Paraíba. Ainda assim, trabalhou por um tempo em jornais locais e agências de publicidade e ressalta que a formação superior foi importante para que conseguisse se sustentar antes dos desenhos. “Você precisa ter um plano B. Eu só fui conseguir viver de quadrinhos aos 30 anos. Como é que você sabe se vai ser um desenhista de sucesso? Eu acredito que você tem que ter um emprego, uma formação, para continuar fazendo, nem que seja como hobby, o que você gosta”, afirma.
Início da carreira
Logo após deixar a faculdade, Mike começou a publicar seus quadrinhos independentes em pequenas editoras da época e, em um momento de coragem, decidiu enviar uma das revistas feitas por ele para o desenhista-pai do Menino Maluquinho, Ziraldo, presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), em 1986. A tentativa rendeu bons frutos. O quadrinista foi convidado pelo órgão a representar o Brasil na Bienal de Angoulême, na França, voltada para a exposição de produções em desenho e em quadrinhos. Maurício de Sousa, Laerte, Angeli, Luís Gê e o próprio Ziraldo eram nomes que faziam parte da delegação de desenhistas brasileiros. “Eu era o único desconhecido no meio de todo mundo! Eles ficaram cuidando de mim pra eu não fazer besteira lá!”, diverte-se.
Durante a viagem, o desenhista conseguiu publicar alguns de seus trabalhos na Alemanha e voltou da Europa já certo de que finalmente conseguiria viver de quadrinhos no Brasil, mas não foi bem isso que ocorreu. “Não dava. Mesmo com tudo isso, o trabalho ainda era muito mal pago”, explica Mike. Então, ele deixou a prancheta de lado por um ano – fazendo quadrinhos só aos finais de semana – e voltou a trabalhar como jornalista e publicitário, até o dia em que recebeu uma ligação de uma agência paulistana de quadrinistas brasileiros, a Arte&Comics, voltada a publicar trabalhos no exterior. “Como eles já tinham visto meu nome e trabalhos que eu tinha feito, perguntaram se eu não tinha interesse em fazer uma historinha para o exterior. Aí eu fiz, torcendo para não ser mais uma roubada (rs). Já aconteceu muito de eu fazer um trabalho e ser mal pago – ou não receber pagamento nenhum. Mas nesse me pagaram. E aí não parou mais. Eles continuaram mandando outras histórias e fui largando aos poucos meus empregos normais”, conta.
(Imagens: Mike Deodato/Arquivo pessoal)
Mike também começou a ilustrar para pequenas editoras nos Estados Unidos quando, em 1994, surgiu uma oportunidade para desenhar para a DC Comics. “Eu fiquei sabendo que um colega da mesma agência estava fazendo uma revista para eles, aí liguei para os agentes e disse que queria também”, diz. Havia uma vaga para desenhar o gibi da Mulher Maravilha. “Eu odiava a Mulher Maravilha, mas era uma editora grande, né, aí falei ‘não, adoro! Eu amo a Mulher Maravilha, pode me passar!’”, diverte-se. Sem a ajuda de um computador, o quadrinista fez duas páginas grandes de ilustração, semelhantes a páginas impressas. “Elas eram bem caprichadas, coloridas. Fiz um aerógrafo, as letrinhas imitando o colorido computadorizado da época… Aí quando a DC Comics viu me contratou na hora! Depois de três números o grande público nos Estados Unidos descobriu a Mulher Maravilha.”
O contrato com a Marvel veio logo depois. A editora – que havia recusado um trabalho de Mike anteriormente – se interessou pelos traços do quadrinista ao vê-los nas bancas com sua maior concorrente. Ele trabalhou por um tempo para as duas editoras, até que, após um ano, a Marvel exigiu exclusividade e o brasileiro passou a ilustrar só para eles.
As etapas de trabalho
Para que a revista em quadrinhos chegue até você, ela passa por diversas outras mãos que fazem parte do processo criativo. Nas grandes editoras de quadrinhos norte-americanas, como a Marvel, para onde Mike trabalha hoje, a produção é segmentada. A história é feita por um roteirista e entregue ao quadrinista, que irá fazer os desenhos a lápis, o letreiramento – aqueles balõezinhos com as falas dos personagens – e pode também ser responsável pela arte final, com tinta, quando outro desenhista não é contratado para isso. Depois de finalizadas, as ilustrações seguem para o colorista e para o editor da revista, que irá autorizar a publicação.
Além disso, cada personagem das gigantes do mundo dos quadrinhos costuma ser desenhado somente por uma pessoa. Assim, as revistas do Homem-Aranha são feitas só por um quadrinista que é diferente, por exemplo, do que desenha o Homem de Ferro. “Eu já faço Os Vingadores há muito tempo e devo ser o desenhista que mais os ilustrou para a Marvel”, diz Mike.
O quadrinista lembra, porém, que também existem desenhistas que roteirizam, ilustram, colorem, e fazem o letreiramento das próprias histórias. Ele mesmo também tem trabalhos individuais, feitos nas horas de lazer e publicados em seu blog. “Nele eu estou colocando histórias curtas onde dou opinião sobre vários assuntos da vida. Estou bem orgulhoso!”, celebra.
trabalho de Mike é feito de sua própria casa, em João Pessoa. O desenhista nunca precisou se mudar para trabalhar para editoras do exterior e conta que só sai de casa para ir a convenções de quadrinhos. “É o trabalho dos sonhos!”, brinca. “Os quadrinistas brasileiros que ilustram para a Marvel, por exemplo, já fazem tudo pela internet. Eu trabalho com um colorista que mora no interior de São Paulo, então a gente se comunica por Skype. O roteiro vem da Marvel, eu faço os layouts, mando para a aprovação do editor, eles aprovam e eu começo a finalizar e envio para o colorista”, explica.
(Imagem: Mike Deodato/Arquivo pessoal)
Criação e publicação
Uma página por dia. Esse é o ritmo de trabalho do paraibano, que compara sua função à de um diretor de cinema quando recebe o roteiro: ajustará os detalhes e dará vida aos personagens a seu modo. “Vou determinar o ritmo, se aquela história fica melhor com uma luz de baixo ou de cima, os detalhes que terão no quarto do herói, qual tipo de roupa ele vai usar. Posso tornar uma cena mais lenta ou mais rápida aumentando ou diminuindo a quantidade de quadrinhos, por exemplo.”
Hoje, Mike já faz a arte diretamente no computador através de uma Cintiq – uma mesa digital da fabricante japonesa Wacom – e explica que, dessa forma, o tempo de trabalho é reduzido e ele pode fazer os contornos mais detalhados através do zoom. Entretanto, as capas das revistas continuam sendo feitas a mão, já que a venda dos originais também é uma fonte de renda para o desenhista. “Eu gosto de desenhar as capas no papel para não perder o jeito”, diz. Ele ainda ressalta que qualquer pessoa que tenha interesse em desenhar histórias em quadrinhos e publicá-las na internet pode começar: “é só ter um lápis, um papel e um tablet para digitalizar os desenhos”.
Ao contrário do que geralmente pensamos, o quadrinista afirma que não é necessário “dom” algum para desenhar e que podemos desenvolver nossa habilidade criativa com treino e esforço. “A minha carreira foi baseada em muito esforço, foco, análise dos erros… foi muito mais uma carreira de suor do que de talento mesmo. Tem muita gente no mundo muito mais talentosa que eu, mas eu tenho determinação para ir atrás do que eu quero e para analisar o mercado”, conta. E para os que ainda não se sentem seguros, um curso de desenho pode ajudar. “Na minha época não tinha escola e senti muita falta de ter uma aula formal de anatomia. Se pudesse, teria feito um curso porque até hoje eu meio que engano a anatomia do personagem, vou como eu acho que é e acabou (rs)”.
Aprender com a opinião dos amigos e com a resposta de seguidores nas redes sociais também é uma boa dica para quem está começando. “Se você quer ser quadrinista, faça quadrinhos. Só de fazer quadrinhos você já é um quadrinista”, observa Mike. Sobre o sonho de se tornar um desenhista famoso, o artista é categórico: não esquente! Concentre-se nos seus traços e no seu público. “Se acontecer de você ficar realmente bom, você vai acabar sendo notado, ou quando você se sentir pronto, entre em contato com as editoras”. Ele ressalta ainda que hoje não há mais necessidade de um agente que intermedeie o contato entre as empresas e os artistas como na época em que começou a ilustrar para fora.
“Eu descobri que eu preciso desenhar, me sinto feliz na hora que eu estou desenhando. Não é quando eu recebo dinheiro, não é quando vejo a revista publicada, é na hora que eu estou aqui na minha mesa desenhando. Eu acredito que se a pessoa descobre sua profissão dessa maneira, não há como parar, porque ela ama mesmo o que faz”, completa.
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