sexta-feira, 25 de maio de 2012



Para dar conta da nova correção da redação do Enem, MEC vai contratar 1.200 avaliadores


O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira (24) que o MEC (Ministério da Educação) vai contratar mais 1.200 corretores para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012, levando o total de avaliadores a 4.200. As contratações, disse, acontecem por causa das mudanças na correção da redação da prova. A nota mínima que autoriza uma nova correção do texto foi reduzida e se criou a figura da banca de avaliadores.
Na prova deste ano, dois corretores, a princípio, olham a redação do candidato. Se a diferença entre a nota final deles for superior a 200 pontos na nota total ou de 80 pontos em cada uma das competências, um terceiro corretor entra em cena. A nota final será a média aritmética simples das menções “mais próximas”. Caso a discrepância permaneça, uma banca, formada por três avaliadores, corrige novamente o texto. Ela, então, determina a nota final do candidato.

VEJA O QUE MUDOU NA CORREÇÃO DA REDAÇÃO DO ENEM

Processo de correçãoComo era (em 2011)Como ficou (em 2012)
Número de correções iniciaisDuasDuas
Discrepância na
nota total
Igual ou maior que 300 na somaMaior que 200 na soma total
Discrepância na competênciaNão existiaMaior que 80 em qualquer competência
3ª correçãoSupervisor (instância final)Correção independente
4ª correção em bancaNão existiaBanca (instância final)
Na prática, o processo ocorre assim: se o corretor A, por exemplo, deu a um candidato nota 95 para a competência 1 (demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita) e o corretor B deu nota 180, a redação será automaticamente corrigida pelo terceiro avaliador, já que a diferença entre as duas menções será de 85.
São cinco competências e cada uma vale 200 -1.000 é a nota máxima na redação. Se as duas notas finais (a soma das cinco competências) tiveram uma diferença superior a 200 pontos entre os dois avaliadores, o terceiro corretor também atua. Em persistindo a discrepância, o texto vai para a banca.
Esta é a segunda mudança na diferença mínima de pontos para uma nova correção da redação. Nas edições de 2009 e 2010, era preciso que os dois corretores dessem notas com no mínimo 500 pontos de discrepância entre uma e outra para que houvesse uma nova avaliação. No ano passado, o limite caiu para 300; agora, são 200 pontos.
Além disso, será possível ver a redação corrigida, porém, sem possibilidade de recurso por parte do estudante. 
Foto 14 de 14 - Em 2011, os inscritos no Enem foram convidados a formular uma dissertação com o tema "Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado". Havia dois trechos de textos e uma tirinha como material de apoio Mais

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