A química entre o namoro e o vestibular
Vitor e Raquel, apesar de se verem todo dia, têm pouco tempo para namorar
Fotos: Isabelle Figueirôa/NE10
Será que namoro e vestibular, juntos, têm chance de dar certo sem serem prejudicados? A resposta para essa pergunta não se restringe a um "sim" ou "não", pois não há uma regra única sobre o assunto. O que existe é o bom senso e a disciplina, como ensinam especialistas e jovens que estão passando pela experiência de namorar ao mesmo tempo em que se preparam para a maratona de provas no fim do ano.
Para a psicanalista Sílvia Gusmão Ramos, ter tempo para o namoro, lazer ou esporte é fundamental para o estudante do 3º ano. "É importante dar uma pausa naquilo que está sendo exigido intensamente, para que o fera possa voltar aos estudos com a mente mais refrescada e acessível ao conhecimento", explicou a diretora da Trajeto Consultoria.
O jovem Vitor Almeida, de 17 anos, entende o que a especialista está falando. Ele, que pretende uma vaga no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Instituto Militar de Engenharia (IME), California Institute of Technology (Call Tech) ou Massachusetts Institute of Technology (MIT), tem uma rotina intensa de estudos, mas consegue dividir o tempo para as atividades do coração.
Para a psicanalista Sílvia Gusmão Ramos, ter tempo para o namoro, lazer ou esporte é fundamental para o estudante do 3º ano. "É importante dar uma pausa naquilo que está sendo exigido intensamente, para que o fera possa voltar aos estudos com a mente mais refrescada e acessível ao conhecimento", explicou a diretora da Trajeto Consultoria.
O jovem Vitor Almeida, de 17 anos, entende o que a especialista está falando. Ele, que pretende uma vaga no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Instituto Militar de Engenharia (IME), California Institute of Technology (Call Tech) ou Massachusetts Institute of Technology (MIT), tem uma rotina intensa de estudos, mas consegue dividir o tempo para as atividades do coração.
Ele namora a colega de turma Raquel Cordeiro, 17, fera de engenharia mecânica que vai tentar ingressar na Universidade de São Paulo (USP) ou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Eles são feras do turno da tarde, em turmas separadas, mas estudam de manhã, juntos, na biblioteca do colégio. "Estudamos um do lado do outro, mas não o mesmo assunto. Dá, sim, para se concentrar, basta ter foco", disse Vitor.
Apesar de se verem todos os dias, as horas para namorar são escassas, segundo o casal. "Só sobra tempo sábado à tarde [eles têm aula pela manhã] e no domingo, quando não temos prova [duas vezes por mês]", explicou a namorada. A jovem acredita que o fato de ambos estarem no 3º ano facilita a compreensão da falta de tempo para o lazer, caso contrário, a cobrança ia ser maior.
Apesar de se verem todos os dias, as horas para namorar são escassas, segundo o casal. "Só sobra tempo sábado à tarde [eles têm aula pela manhã] e no domingo, quando não temos prova [duas vezes por mês]", explicou a namorada. A jovem acredita que o fato de ambos estarem no 3º ano facilita a compreensão da falta de tempo para o lazer, caso contrário, a cobrança ia ser maior.
Os feras deixaram claro, desde o início do namoro, há três meses, que a prioridade do ano seria o vestibular. "A primeira coisa que eu disse a ela foi que a gente ia ter que saber organizar o nosso tempo. Até agora está dando certo", revelou o estudante. Raquel complementa: "isso varia muito de casal para casal. A gente tenta focar ao máximo os estudos, porque depois vamos colher os frutos desse esforço e ficar mais tempo juntos".
Desde o início do ano, casal deixou claro que a prioridade era o vestibular
A psicanalista analisa que, mesmo em vestibulares extremamente concorridos, a pessoa deve se disciplinar e administrar bem seu tempo entre os estudos e outras atividades."Se o jovem só se dedica ao estudo sem momento de parada para o lazer, isso acarreta uma sobrecarga psíquica muito grande", esclarece. Sílvia Gusmão acrescenta que o namoro não é empecilho para os estudos, mas exige um nível de disciplina grande por parte do casal, por isso nem todos sabem conciliar isso.
Candidato de medicina na UFPE e UPE, Humberto Campos, 17, concorda que nem todo mundo sabe conciliar os estudos com o namoro no ano do vestibular. "Tem aluno que não consegue estudar de forma nenhuma, namorando ou não", disse. Há dois anos ele namora Rebeca Mágero, 18, e garante que não há impedimento algum na sua rotina como fera. Ele estuda em casa pela manhã, vai para o colégio à tarde, malha uma hora depois das aulas, e segue para casa, onde se debruça sobre os livros até umas 23h. "Só se a pessoa quiser se atrapalhar. Cada um tem suas obrigações e a gente sabe dividir bem isso. O mais importante é ter organização e planejamento", aconselha.
Desde o início do ano, casal deixou claro que a prioridade era o vestibular
A psicanalista analisa que, mesmo em vestibulares extremamente concorridos, a pessoa deve se disciplinar e administrar bem seu tempo entre os estudos e outras atividades."Se o jovem só se dedica ao estudo sem momento de parada para o lazer, isso acarreta uma sobrecarga psíquica muito grande", esclarece. Sílvia Gusmão acrescenta que o namoro não é empecilho para os estudos, mas exige um nível de disciplina grande por parte do casal, por isso nem todos sabem conciliar isso.
Candidato de medicina na UFPE e UPE, Humberto Campos, 17, concorda que nem todo mundo sabe conciliar os estudos com o namoro no ano do vestibular. "Tem aluno que não consegue estudar de forma nenhuma, namorando ou não", disse. Há dois anos ele namora Rebeca Mágero, 18, e garante que não há impedimento algum na sua rotina como fera. Ele estuda em casa pela manhã, vai para o colégio à tarde, malha uma hora depois das aulas, e segue para casa, onde se debruça sobre os livros até umas 23h. "Só se a pessoa quiser se atrapalhar. Cada um tem suas obrigações e a gente sabe dividir bem isso. O mais importante é ter organização e planejamento", aconselha.
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