Com metade da nota, cotista entra nos cursos mais concorridos da Uerj
Fonte: UOL
A Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) divulgou nesta quarta-feira (23) a relação das notas máximas e mínimas dos candidatos aprovados no vestibular 2013. A lista revelou a discrepância entre o desempenho mínimo exigido de cotistas e não cotistas nos cursos mais concorridos da universidade – pioneira na adoção de reserva de vagas no país.
Nas graduações que tiveram as notas de corte mais altas, a diferença entre a nota de quem optou pela ampla concorrência e quem optou pelas cotas chegou a ser o dobro. Para ser aprovado no curso de engenharia mecânica, o candidato “regular” precisou tirar, no mínimo, 84,75 pontos, contra 41,5 pontos dos alunos da rede pública e 40,25 dos candidatos que optaram por cotas raciais.
No curso de engenharia civil, a diferença foi semelhante: 80 pontos para candidatos de livre concorrência, 43 pontos para estudantes de escola pública e 38 pontos para cotistas raciais. O mesmo padrão se repetiu, em igual ou menor medida, nos cursos de engenharia de produção, engenharia química, relações internacionais e direito.
O resultado contraria tendência verificada no Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que seleciona estudantes para faculdades públicas por meio da nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). No sistema federal, a diferença das notas de corte nos cursos de ponta, foi em média, de 5%.
Desde 2002, por força de uma lei estadual, a Uerj adota reserva de vagas. De acordo com o edital do vestibular deste ano, 45% das vagas foram destinadas a cotistas – 20% para alunos de escolas públicas, 20% para estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas e 5% para portadores de deficiência ou filhos de policiais militares.
Medicina é exceção
Dentre os principais cursos da Uerj, o de medicina foi a exceção no que se refere à diferença de notas entre candidatos cotistas e não cotista. A nota mínima para aprovação na ampla concorrência foi 85,25 (maior nota de corte do vestibular), contra 76,5 entre cotistas raciais e 73,25 de estudantes da rede pública.
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