quarta-feira, 24 de abril de 2013


Bilionário cria programa de US$ 300 milhões para bolsas de estudo na China


Um magnata do mercado de private equity (compra de participação em empresas) anunciou no domingo a criação de um programa de bolsas de estudo de US$ 300 milhões, para estudantes de todo o mundo, e o classificou como um rival para o prestigiado programa de bolsas Rhodes.DA ASSOCIATED PRESS


Stephen A. Schwarzman, fundador do fundo de private equity Blackstone, disse que vai doar US$ 100 milhões como um presente pessoal e levantar mais US$ 200 milhões para o programa Scholars Schwarzman (bolsas de estudo Schwarzman), da Universidade Tsinghua, de Pequim.
Será o maior presente filantrópico com dinheiro estrangeiro na história da China, segundo o magnata e a universidade.
China Daily/Reuters
Stephen Schwarzman, CEO do grupo Blackstone, anuncia a bolsa de estudos
Stephen Schwarzman, do grupo Blackstone, anuncia bolsas
O magnata de Wall Street afirmou que o crescimento econômico da China e sua crescente influência global vão definir o século 21, como os laços dos Estados Unidos para a Europa fizeram com o século 20 --quando a Bolsa Rhodes foi criada na Universidade de Oxford, com o objetivo de produzir líderes de destaque.
Em parceria com a prestigiada universidade chinesa, Schwarzman disse esperar que o programa educacional treine futuros líderes mundiais e desempenhe um papel positivo nas relações entre China e Estados Unidos.
"Para a futura estabilidade geopolítica e prosperidade global, precisamos construir uma cultura de maior confiança e compreensão entre China, América e o resto do mundo", disse.
Tsinghua --conhecida por seus programas de engenharia, mas no meio de transformações para se tornar mais compreendida no meio acadêmico-- também produziu muitos dos líderes da China, que têm sido tradicionalmente tecnocratas. Foi a formadora do presidente Xi Jinping e do ex-presidente Hu Jintao.
A doação de US$ 300 milhões permitirá que 200 estudantes por ano participem de programas de mestrado na Universidade Tsinghua. Em 2016, entre os cursos disponíveis estarão políticas públicas, economia e negócios, relações internacionais ou engenharia.
Schwarzman disse que 45% dos alunos virão dos Estados Unidos, 20% da China e o restante de outros países.
Participarão do fundo para a bolsa de estudos empresas como BP (British Petroleum), Bank of America Merrill Lynch, Boeing, GE, JPMorgan Chase, Bloomberg Philanthropic, Caterpillar, Credit Suisse e Deloitte. O objetivo é se aproximar do que chamam de "futuros líderes globais".
A Universidade Tsinghua tem sua origem em 1911, quando os EUA usaram o dinheiro de indenização do governo chinês (pago após uma rebelião contra estrangeiros) para estabelecer um curso preparatório para estudantes que depois seriam enviados a escolas americanas.

FOLHA ON LINE

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