quarta-feira, 24 de abril de 2013


Universidades estaduais da Bahia também paralisaram as atividades nesta terça


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Paralisação dos professores das universidade estaduais da Bahia foi coincidência, afirma entidade sindical
Foto: Aduneb/Divulgação

Mellyna Reis
Do NE10/Bahia
Como fizeram as redes estadual e municipal de ensino, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e as demais universidades estaduais da Bahia - Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana), Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) e Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus) - paralisaram as atividades acadêmicas nesta terça-feira (23). O motivo é o impasse com o governo do Estado sobre a pauta de reivindicações da categoria. 

A Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb) reclama que as negociações iniciadas em outubro do ano passado estão emperradas. Na reunião desta terça, realizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB), os dirigentes solicitaram aos representantes do governo uma nova rodada de negociação, já que a categoria rejeitou a última proposta.  

O governo ofereceu 4% de aumento para ser pago em junho de 2014 em contrapartida aos 28% reivindicados pelos trabalhadores. "Está muito aquém do que foi pleiteado. A gente fez um estudo onde ficou constatado que recebemos o pior salário dentre as universidades estaduais do Nordeste", criticou a diretora.

A categoria também cobra a incorporação da gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET) ainda em 2013, sendo que o governo propôs que seja feita parcialmente no ano que vem. O governo ficou de anunciar na próxima segunda-feira (29) uma nova rodada de negociação.

ACASO - A associação negou que a suspensão de atividades tivesse alguma relação com o movimento articulado em todo o País pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que representa o ensino básico. 

"Foi só uma coincidência", argumentou diretora da associação, Zozina Almeida, que também é coordenadora do Fórum das Associações dos Docentes das Universidades Estaduais da Bahia. A professora explicou que a entidade está promovendo mobilizações nos dias em que há reunião com o governo e já estava decidido em assembleia a paralisação dessa terça.

PARALISAÇÃO NAS REDES - O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB-Sindicato) afirmou que a paralisação iniciada nesta terça (23) teve adesão de 90% nas escolas municipais e 95% unidades da rede estadual. 

"A categoria compareceu. Tem ninguém dando aula", comemorou o coordenador geral do sindicato, Rui Oliveira. Até o momento, não houve indicativo de ponto cortado por parte do governo estadual ou pela Prefeitura de Salvador.

Está programado para esta quarta (24) um ato público, às 9h, na Praça da Piedade, no Centro Histórico, e um debate sobre gestão e carreira, na quinta-feira, às 9h, no auditório do sindicato. Tanto a paralisação quanto as demais mobilizações integram a agenda de atividades da Semana Nacional da Educação, promovida pela CNTE.

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