Baixa remuneração e falta de reconhecimento são pontos negativos da atual ocupação
Lecticia Maggi
Frustração com a vida profissional: 58% dos profissionais já pensaram em trocar de carreira (Thinkstock)
Uma pesquisa da Pactive Consultoria, empresa especializada em gestão de pessoas, aponta que 58% dos profissionais brasileiros ouvidos pelo estudo já pensaram em "largar tudo" para iniciar uma carreira nova. Deste total, 26% afirmaram que a ideia de recomeçar profissionalmente já foi cogitada "muitas vezes".
O estudo — que ouviu 1.006 pessoas de 22 estados — mostra, ainda, que 65% dos entrevistados gostariam de atuar em áreas afinadas com sua personalidade. No topo da lista dos itens considerados mais desmotivadores no atual emprego, aparecem remuneração e falta de reconhecimento por parte dos superiores, indicados por 35% e 32% dos profissionais, respectivamente. Quase 40% dos entrevistados consideram ainda que as perspectivas de crescimento na empresa em que atuam são ruins.
Para o consultor Eduardo Ferraz, condutor da pesquisa, os números não surpreendem. Ao contrário. "Cada vez mais me deparo com pessoas insatisfeitas ou frustradas, que se perguntam se estão no trabalho adequado. E isso é observado em profissionais em diferentes estágios da carreira", afirma.
Estar em um trabalho que proporcione autorrealização é uma questão importante, já que, para a grande maioria (70%), o trabalho interfere "razoavelmente ou muito" na felicidade pessoal. O que, então, impede a troca de carreira? A resposta, segundo a pesquisa, é o medo de arriscar — apontado por 31% dos entrevistados. Em seguida, com 16% cada, aparecem incerteza em relação ao que gosta e dúvidas sobre a própria qualificação.
"Acho que um dos segredos para se construir uma carreira de sucesso é investir no autoconhecimento, ou seja: investigar realmente quais são suas prioridades", diz Ferraz. "Assim, crescem as chances de se escolher funções compatíveis com nossas características e desejos."
A pesquisa ouviu majoritariamente profissionais com mais de 30 anos de idade (83%). Do total de entrevistados, 30% possuem ensino médio completo, 38% têm curso superior e 26%, pós-graduação.
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