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Estudantes realizam o Enem (Exame Nacional de Ensino - Paulo Libert/AE
Acompanhar os assuntos que fazem parte do cotidiano no Brasil e no mundo é uma tarefa indispensável aos estudantes que pretendem obter um bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova não tem uma seção dedicada a atualidades, mas exige que os candidatos demonstrem que o conhecimento aprendido nos bancos escolares se relaciona com uma percepção clara da realidade. "Tanto a redação quanto os testes costumam abordar questões importantes e atuais, seja no Brasil ou no mundo", explica Rui Alves Gomes de Sá, diretor pedagógico do curso Pré-Enem, da Abril Educação.
Os temas apresentados na lista a seguir são acompanhados de um breve texto de explicação. Além disso, cada um deles possui links para reportagens do site de VEJA que ajudam a explicar os assuntos. Assim, o tema "Papel do Brasil no mundo" oferece a leitura de reportagem sobre a eleição do brasileiro Roberto Azevêdo para o posto de diretor-geral da OMC, enquanto o tema "Legado da Copa de 2014" mostra textos sobre atrasos na construção dos estádios de futebol e assim por diante. Boa preparação!De olho nessa característica da prova, o site de VEJA vai ouvir, até as vésperas das provas, professores especialistas na avaliação federal. Eles vão indicar os assunto da atualidade que, com maior ou menor probabilidade, podem ser cobrados. Não se trata, é claro, de apontar fatos ocorridos semanas antes da prova, mas de identificar os temas contemporâneos cuja relevância perdura por meses e até anos.
Assuntos atuais que podem ser cobrados no Enem 2013
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Primavera Árabe e seus desdobramentos
A onda de protestos iniciada na Tunísia, em dezembro de 2010, se espalhou pelo norte da África eOriente Médio e ainda mostra reflexos em nações que lutam contra regimes autoritários. Em comum, esses países possuem população majoritariamente islâmica, o que acrescenta aos protestos e discussões questões de fundo religioso.
Assim como ocorreu no Brasil em 2013, os protestos da Primavera Árabe foram em boa medidaarticulados pela internet. Mas foi nas ruas das grandes cidades que as manifestações ganharam expressão, provocando reação violenta de governos locais. Em alguns casos, o levante conseguiu derrubar ditadores que estavam no poder havia anos. É o caso de Zine El Abidine Ben Ali, apeado do poder na Tunísia após 23 anos no comando. Outro que caiu foi o presidente do Egito, Hosni Mubarak, no poder desde 1981. As duas nações elegeram novos presidentes através de eleições populares em 2011.
As manifestações também levaram ao fim o governo do coronel Muamar Kadafi, na Líbia. O ditador, no poder desde 1969, foi assassinado em 2011 após intensos combates entre tropas leais ao ditador e opositores. O último deposto foi Ali Abdullah Saleh, no Iêmen, em 2012: ele estava no poder desde 1978.
A chegada da Primavera à região, contudo, não reduziu a tensão local, tampouco a apreensão do resto do mundo sobre o futuro daquela porção do mundo. Em alguns casos, a transição democrática é incompleta; em outros, ditadores permanecem no poder. É o caso da Síria, que assistiu a protestos pacíficos em 2011 contra o governo do ditador Bashar Assad e agora está mergulhada em uma guerra civil sangrenta que já acumula mais de 100.000 vítimas fatais.
O Egito também voltou ao noticiário internacional. Interrompida a era Mubarak, Mohamed Mursi foi eleito em junho de 2012. Membro da Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os próprios poderes e acelerou a aprovação de uma Constituição de viés autoritário. Opositores foram às ruas contra o governo e pediram a renúncia de Mursi, que falhou na estabilização política e econômica nacional. No dia 3 de julho de 2013, o presidente foi destituído pelo Exército. O chefe da Força, Abdel Fattah Al Sisi, anunciou a criação de um governo de transição e a convocação de eleições.

























































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