Professores apontam falhas que os candidatos da avaliação federal cometem com mais frequência na prova de dissertação. Saiba como evitá-las
Raquel Carneiro
Redação Enem (Thinkstock)
Leia mais sobre o tema:Ao produzir uma redação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o estudante precisa ter em mente as cinco competências avaliadas pela banca responsável pela correção. A primeira delas é o domínio da norma padrão da língua escrita. É essa competência que concentra a maior parte dos erros, segundo aponta um time de professores de cursinhos que, a pedido de VEJA.com, lista as falhas mais comuns dos estudantes na prova de dissertação.
Compreensão do tema proposto pela banca examinadora, capacidade de organizar e relacionar informações, construir argumentos e elaborar uma proposta de intervenção ao problema apresentado são as demais competências avaliadas na redação. O estudante não deve descuidar de nenhuma delas.
Confira a seguir os oito principais erros cometidos por participantes nas provas de dissertação do Enem. Leia também orientações dos especialistas para evitar os deslizes.
Redação do Enem: oito erros comuns dos participantes
Colaboraram: Filipe Couto e Pablo Jamilk (Curso Pré-Enem, da Abril Educação) e Simone Ferreira Gonçalves Motta (Curso Etapa)
1 de 8
Uso de gírias e expressões típicas da língua falada
O uso de gírias e de expressões típicas da comunicação oral deve ser evitado na redação. Embora utilizados no cotidiano, esses registros não fazem parte da norma culta da língua portuguesa, que é a avaliada pelos examinadores do Enem. "O uso dessas expressões acarretam redução na nota do candidato", diz a professora de redação Simone Ferreira Gonçalves da Motta, do curso Etapa.
Exemplos do que deve ser evitado:
1. Registros típicos da oralidade e gírias
Não utilize "né", "daí", "então", "tá ligado", "cara", "tipo assim"
2. Abreviações usadas em bate-papos da internet
Não utilize "vc", "tb", "pq", "pra". Prefira "você", "também", "porque", "para"
As 5 competências avaliadas na redação do Enem
1 de 5
Domínio da norma padrão da língua escrita
O título da primeira competência avaliada pelos examinadores pode parecer complexo à primeira vista. Trata-se, na verdade, de um conceito simples. O que o Enem busca avaliar aqui é a capacidade dos estudantes de diferenciar os registros oral e escrito da língua. Um exemplo simples: no cotidiano, usamos a expressão "pra" (contração da preposição "para" e do artigo "a"). Ela pode se adequar perfeitamente a nossas conversas diárias, mas não fica bem quando precisamos fazer um discurso na formatura do colégio ou ainda ao escrever uma carta para a direção da empresa na qual trabalhamos. Nessas situações, deve-se primar pela clareza e pela precisão, possíveis graças à norma culta da língua. O examinador do Enem quer saber se o candidato conhece essas diferenças – e se sabe escrever usando o português correto.
Comentário do professor:
"É imprescindível obedecer às regras gramaticais no Enem. Não há espaço para brincadeiras aqui", afirma Tiago Fernandes, professor de redação do CPV Vestibulares.
"É imprescindível obedecer às regras gramaticais no Enem. Não há espaço para brincadeiras aqui", afirma Tiago Fernandes, professor de redação do CPV Vestibulares.
VEJA
Nenhum comentário:
Postar um comentário