Os professores deverão decidir se irão decretar greve no dia 23 de abril
Foto: Rodrigo Lobo / JC Imagem
Do NE10
Professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) promovem uma paralisação de advertência na próxima quinta-feira (10). A categoria reivindica melhores condições de trabalho, incentivo na carreira e reajuste salarial. Para chamar a atenção da sociedade, serão realizadas atividades ao longo do dia nos câmpus do Recife, Garanhuns (Agreste) e Serra Talhada (Sertão).
No Recife, as atividades começam às 8h, com o debate sobre "Educação e Movimentos Sociais". À tarde, a partir das 15h, os professores se reunirão em assembleia para discutir sobre o andamento do movimento.
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A paralisação de advertência foi definida pela categoria na assembleia do dia 2 de abril. "Também decidimos sobre o indicativo de greve, sem definir data. A decisão sobre a greve deverá ser tomada no próximo dia 23 de abril. Nesta quinta, o nosso principal objetivo é alertar sobre as reais condições de trabalho e salariais dos docentes", afirmou o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Aduferpe), José Nunes. Ele informou ainda que o movimento acompanha as decisões da Associação Nacional dos Docentes no Ensino Superior (Andes).
Em relação às reivindicações dos docentes, José Nunes explicou que o Governo não está cumprindo o acordo firmado em 2012, que deu fim a uma greve de quatro meses na universidade. "Na época, o Governo garantiu reajuste salarial de 15% ao longo de três anos (2013, 2014 e 2015). Considerando o aumento da inflação, a nossa categoria terá nesse mesmo período uma perda salarial de 6%. Ou seja, além de não ter aumento, estamos com defasagem salarial", disse.
Segundo o presidente da Aduferpe, o Governo também não está investindo nas universidades. "Obras inacabadas prejudicam os câmpus de todo o País. Em Pernambuco, o Governo pretende inaugurar o câmpus do Cabo de Santo Agostinho no próximo semestre, mas as instalações anida não foram concluídas e um galpão será improvisado para receber os estudantes", afirma.
TÉCNICOS- Os servidores técnicos-administrativos da UFRPE entraram em greve por tempo indeterminado na última segunda-feira (17). De acordo com a representação nacional da categoria, a Fasubra, algumas reivindicações desta greve não são atendidas desde 2003. "No governo de Fernando Henrique Cardoso, os líderes de sindicatos que eram militantes não podiam receber salário da entidade. Quando o PT entrou no poder, manteve a mesma prerrogativa. Essa questão é abordada pela nossa pauta, pois achamos essa atribuição injusta", pontuou Luiz Antônio de Araújo, coordenador da Fasubra. Em Pernambuco, são mais de mil técnicos com os braços cruzados, aguardando o diálogo com o Governo Federal.
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