Passaram-se 25 anos desde o Massacre na Praça da Paz Celestial, na China em 1989. De lá para cá, pouca coisa mudou na política chinesa. A nação mais populosa do planeta continua fechada em uma ditadura comunista, mas bem aberta ao capital estrangeiro na área econômica. Desde 1978, quando o presidente Deng Xiaoping criou as Zonas Econômicas Especiais, parte de um programa de reformas nacionais, a China cresce sem parar e é atualmente a segunda maior economia mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. Mas todo esse sucesso financeiro esconde uma realidade de extrema pobreza que atinge grande parcela da população. Além da fome, as denúncias de violações aos direitos humanos também assustam.
Pois é. O cenário é bem parecido com o qual os estudantes se depararam antes de decidirem ocupar a Praça da Paz Celestial, local onde se encontram os principais órgãos do poder. Foram eles que lideraram as manifestações por mais democracia. Em 1986, Hu Yaobang, secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCCh) foi considerado “liberal” demais e perdeu o cargo. Em abril de 1989, após a sua morte, uma onda de protestos foi desencadeada por pessoas que consideravam a expulsão de Yaobang do PCCh injusta. Os estudantes pediam a abertura política e o fim da corrupção.
O protesto que começou só com estudantes e intelectuais, logo atraiu trabalhadores urbanos. Em 4 de maio, uma manifestação pacífica com quase 100 mil pessoas atraiu a atenção do mundo para Pequim, a capital do país. Como o governo resolveu ignorar os protestos, grupos de pessoas decidiram ocupar a Praça Tiananmen (como também é conhecida) e iniciar uma greve de fome coletiva.
Toda a esperança de mudança acabou quase dois meses depois, quando o exército chinês foi enviado para tirar os manifestantes do local. Entre a noite do dia 3 e a madrugada do dia 4 de junho, um banho de sangue foi visto na Praça da Paz Celestial. Até hoje, ninguém sabe quantos morreram no massacre (as estimativas oscilam entre 300 e 7 mil vítimas).
A fotografia desse ato de coragem, quando um jovem se colocou na frente de uma fila de tanques, você com certeza já conhece. Abaixo você confere imagens transmitidas pela TV na época com os principais movimentos feitos pelo “rebelde desconhecido”, gravado pela CNN no dia seguinte ao massacre:
A identidade do manifestante ainda é um grande mistério. Nessa reportagem feita após 20 anos do massacre, os repórteres foram até a China atrás de uma resposta. Tentei descobrir se havia alguma revelação recente, mas não encontrei nada concreto, apenas mais especulações. Se você tiver algo para acrescentar ao post, escreva nos comentários!
GUIA DO ESTUDANTE
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