Neste 30 de abril, a morte de Adolf Hitler completa 70 anos. Tanto tempo depois, o responsável por um dos períodos mais sombrios da história do mundo jamais deixa de ser assunto, mesmo que sua vida já tenha sido mais do que revirada.
Mesmo assim, alguns fatos muito curiosos sobre ele não são tão conhecidos, apesar de surpreendentes: Hitler já esteve muito perto da morte, se apaixonou por alguém que seu ‘eu futuro’ não aprovaria, e foi admirado mundo afora antes da Segunda Guerra. Olhe só:
1. Queria ser pintor
Esqueça o megalomaníaco. Na juventude, Hitler era apaixonado por arte, interessando em pintura e arquitetura. Determinado a se tornar um artista, Hitler chegou a discutir severamente com seu pai, o que ele relata no seu livro Mein Kampf (Minha Luta). Aos 19 anos, após a morte dos pais, ele parte para Viena, na Áustria, para tentar entrar na Academia de Belas-Artes de Viena. Acabou sendo rejeitado duas vezes, e por vários anos viveu sem emprego fixo na cidade, sustentando-se com o dinheiro que fazia vendendo postais e pinturas simples. Acha que ele tem talento? Olha só algumas de suas pinturas:
Imagens: Divulgação/Wikimedia Commons
A paixão de Hitler pela arte fez com que ele comprasse e confiscasse um enorme número de obras. As obras saqueadas eram escondidas nos lugares mais absurdos, como minas de sal. A intenção do Führerera montar, no futuro, um grande centro cultural em Linz, Viena, sua cidade natal. Ele também era obcecado pela arte e arquitetura greco-romanas, na qual buscava inspiração para desenhar e remontar a Berlim que pretendia construir no futuro, quando tivesse conquistado a Europa.
2) Na adolescência, se apaixonou por uma judia
Você não leu errado. Durante sua adolescência em Linz, Hitler se apaixonou perdidamente por uma moça chamada Stefanie Isak, de origem judia. Quem conta a história é o amigo do então jovem Adolf, August Kubizek, que acompanhou todo o desenrolar do amor que durou cerca de quatro anos. Em um livro que publicou dez anos após a morte de Hitler, Kubizek conta que ele jamais comunicou à moça o que sentia. Além disso, surpreendentemente, ela ser judia não era um problema para Hitler àquela época.
Depois de um tempo de paixão reprimida, Hitler disse ao amigo que planejava sequestrar Stefanie e suicidar-se com ela pulando de uma ponte no rio Danúbio. Ao invés disso, ele se mudou para Viena para tentar a carreira de pintor. Em entrevistas posteriores, Stefanie contou ter recebido uma carta sem remetente de alguém que dizia que estava indo embora para estudar na Academia de Artes, mas voltaria para casar com ela. Ela não tinha ideia de quem a tinha enviado.
Uma das poucas fotos de Stefanie Isak. (Imagem: Divulgação/”A Young Man From the Innviertel”)
3. Foi poupado da morte na Primeira Guerra por um soldado inglês
Seu nome era Henry Tandey, e ele foi um soldado memorável pela enorme lista de condecorações que recebeu por bravura na Primeira Guerra Mundial. Mas o heroi de guerra é mais famoso por ter poupado a vida do soldado ferido Adolf Hitler, em 1918, após uma batalha vencida pelos britânicos.
Henry Tandey (Imagem: Wikimedia Commons)
No dia 28 de setembro desse ano, após o confronto entre tropas alemãs e inglesas, o exército alemão batia em retirada. Henry Tandey logo percebe um soldado inimigo por perto, e imediatamente levantou sua arma para ele. Ao perceber que estava ferido, ele acaba não atirando e deixando o rapaz ir. Já pensaram como a história seria diferente se Tandey não tivesse tido pena de Hitler nessa hora?
4. Foi indicado ao prêmio Nobel
Que tal indicar para o Nobel da Paz a pessoa que provocou a maior guerra da história e assassinou milhões de pessoas? Antes do início da guerra, em 1939, o deputado sueco E.G.C. Brandt parece ter achado que era uma boa ideia sugerir o nome de Hitler. No entanto, ele não recebeu votação suficiente e a sugestão foi recebida com bastante controvérsia. Pouco tempo depois, os que eram contra sua indicação mostraram que estavam certos quando a guerra eclodiu. O prêmio acabou nem sendo entregue naquele ano.
Mas essa não foi a única prova de que Hitler era admirado na época. A revista TIME, dos EUA, o escolheu para Homem do Ano de 1938. Olha só:
Imagem: Divulgação/TIME
5. Passou seus últimos dias escondido em um bunker
Pouco depois de se tornar chanceler alemão, em 1933, Hitler mandou construir um grande complexo de abrigos antiaéreos em Berlim. Ainda inacabado, o bunker foi o esconderijo final e local de morte de Hitler. Ele passou seus últimos meses por lá, já doente, de onde comandava o exército alemão em 1945.
No dia anterior a seu suicídio, ele se casou com Eva Braun, sua namorada. Na tarde do dia seguinte, 30 de abril, ele fez as devidas despedidas aos mais próximos e se trancou com Eva no quarto. Pouco depois, Hitler se matou com um tiro, e Eva se suicidou com cianureto. Os soldados alemães queimaram os corpos para que não fossem encontrados pelos soldados soviéticos, que a essa altura já tomavam Berlim. Sete dias depois, tinha fim a Segunda Guerra.
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