sábado, 20 de junho de 2015

ENEM 2015 - Aspectos atuais e relevantes sobre a Dengue

As epidemias de dengue são mais frequentes no verão, quando as condições climáticas favorecem a reprodução do mosquito que transmite o vírus causador dessa doença.

 
O Aedes aegypti é responsável pela transmissão do vírus causador da dengue

As epidemias de dengue não são novidades no nosso país. Desde o século XIX, todos os anos, principalmente no verão, quando os fatores climáticos favorecem a reprodução do mosquito, observa-se um crescente aumento no número de casos dessa doença. Em razão da grande quantidade de afetados e de mortos, a dengue é considerada um problema grave de saúde pública.
Até 07 de março de 2015, segundo o Boletim Epidemiológico 9, já haviam sido registrados 224.101 casos da doença, sendo a região Sudeste a mais afetada, com assustadores 145.020 casos. Para o mesmo período foram identificados 102 casos graves da doença e a confirmação de 52 mortes. Apesar dos números alarmantes, verificou-se uma redução de 32% nos casos de morte pela dengue em comparação com as ocorrências de 2014.
dengue é uma doença viral transmitida, principalmente, pela picada do mosquito do gênero Aedes. Nas Américas, o vetor é o Aedes aegypti; já na Ásia, esse papel é atribuído também ao Aedes albopictus. Vale destacar, no entanto, que essa última espécie já foi introduzida nas Américas na década de 1980, mas ainda não é responsável pela transmissão do vírus. Além da picada dos mosquitos, existem trabalhos que comprovam que a doença pode ser transmitida por meio de transfusão de sangue e da mãe para o bebê durante a gravidez.
O vírus causador da dengue é de RNA e pertence ao gênero Flavivírus e à família Flaviviridae. Atualmente são conhecidos quatro sorotipos no Brasil (DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4), que circulam de forma simultânea ou alternada.
Após ter contraído o vírus, este pode ficar em média de 5 a 6 dias incubado. Após esse período, a dengue pode apresentar-se de forma assintomática ou não. Quando apresenta sintomas, estes podem ser brandos ou graves com evolução até mesmo para a morte. 
Desde 2014 adota-se uma nova classificação para a dengue, em substituição aos termos clássicos, como febre hemorrágica da dengue, síndrome do choque da dengue e dengue com complicações. Atualmente, de acordo com os sintomas apresentados, podemos classificar o quadro em: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.
As principais manifestações clínicas da dengue são febre superior a 39°C, com início súbito, e dores na cabeça, nos músculos, nas articulações e na região atrás dos olhos (retro-orbital). Além disso, vômitos, enjoo, anorexia, coceira e erupções cutâneas podem ocorrer. 
Quando o paciente apresenta, além dos sintomas descritos, sangramento de mucosas, vômitos persistentes, diminuição da temperatura do corpo, desconforto ao respirar, queda acentuada das plaquetas, tontura, irritabilidade, hepatomegalia (aumento do fígado) e/ou dores abdominais, considera-se um caso suspeito de dengue com sinais de alarme. Quando se observa taquicardia, pulso rápido e fino, cianose (coloração azul da pele), hipotensão arterial, sangramentos graves e/ou comprometimento de órgãos, suspeita-se de caso grave da doença.
Para a confirmação do diagnóstico de dengue, é necessário realizar testes laboratoriais. Entretanto, quando se lida com epidemias, a confirmação pode ser feita analisando-se os sintomas de pacientes.Em caso de suspeita de dengue, o Ministério da Saúde recomenda a procura imediata do serviço de saúde e que se evite tomar medicamentos por conta própria
Apesar de ser conhecida por vários anos, a dengue é uma doença sem tratamento específico, e a terapia volta-se apenas para a redução dos sintomas. A principal recomendação para garantir uma recuperação adequada é a ingestão de grande quantidade de água e a hidratação venosa em casos mais graves.
Assim como não existe tratamento específico, maneiras totalmente eficazes de prevenção são inexistentes. Em alguns lugares, é possível encontrar à venda uma “vacina contra dengue”, entretanto, é fundamental informar que a vacina está em fase de estudos, logo não está disponível para uso e comercialização.
Para diminuir os riscos de contaminação pelo vírus, recomenda-se que todos colaborem para a redução dos criadouros do mosquito, evitando água parada, tampando bem as caixas d'água, limpando calhas e lajes e sempre evitando que objetos que possam acumular água fiquem expostos. Além disso, estudos estão sendo feitos para garantir que mosquitos transgênicos sejam lançados no ambiente para realizar o controle biológico. Até o momento, os testes estão apresentando resultado positivo. 
Como esse tema é cobrado em vestibulares e Enem?
Por ser um grave problema de saúde pública, a dengue recorrentemente aparece em provas de vestibulares e no Enem. Entre os assuntos ligados a essa doença que já apareceram em provas, podemos destacar a criação dos Aedes aegypi transgênicos, as formas de prevenção da doença e medidas que diminuam a reprodução do mosquito.
Assim sendo, é de fundamental importância compreender bem todos os aspectos relacionados com a dengue, uma vez que as provas estão cada vez mais contextualizadas e temas de grande relevância, como a saúde pública, sempre são destaque.

Vestibular Brasil Escola

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