domingo, 20 de setembro de 2015

A guerra na Síria e um problema no mundo

Só em 2015 mais de 400 mil cidadãos cruzaram o Mediterrâneo buscando espaço em outro país

Crianças não são poupadas da triste situação na Síria
Com mais de 130 mil mortos desde que começou em 2011, a guerra civil que assola a Síria ganhou um novo capítulo recentemente. A foto de uma criança de 3 anos morta em uma praia da Turquia virou ícone da crise migratória que atinge os países europeus. Cidadãos Sírios arriscam a vida tentando fugir das perseguições do Estado Islâmico e da pobreza que toma conta do país.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) estima que até o mês de setembro de 2015 mais de 430 mil refugiados cruzaram o Mediterrâneo para a Europa. A triste realidade é que as embarcações, sem segurança, acabam naufragando e matando milhares de imigrantes. Segundo cálculos da OIM, mais de 2,7 mil pessoas morreram em naufrágios neste ano.
Países como Grécia, Itália e Hungria estudam a criação de centros de recepção em massas para suportar o grande fluxo de refugiados que chegam aos países. No caso específico dos cidadãos sírios, os Estados Unidos estudam receber no próximo ano 10 mil expatriados, a fim de amenizar o impacto gerado nos países europeus.
Solução?
Algumas propostas de países da União Europeia sugerem que seja implementada uma política de cotas para que as pessoas que chegam ao continente sejam distribuídas entre os países europeus. É pensada também a criação de meios para que os cidadãos deixem seu país na condição de refugiado de maneira ilegal, assim diminuiria consideravelmente o número de mortos em embarcações irregulares.
No entanto, é impossível discutir a imigração como um problema apenas do país que recebe essas pessoas. A questão que precisa ser revista é que, se sírios ou não, há um problema na nação de origem desses indivíduos e que não basta somente regular ou frear esse movimento migratório.
Apesar de as medidas tomadas para facilitar a vida do imigrante, até mesmo em parceria com as Nações Unidas (ONU), a ferida é muito mais profunda. Não basta apenas esvaziar a Síria ou os países acometidos por guerra ou miséria, se faz necessário intensos esforços por aliviar o sofrimento desses povos, a fim de que permaneçam em suas pátrias.
Brasil
Apesar de estar longe geograficamente da Síria, por exemplo, o Brasil já recebeu, desde o início da guerra civil naquele país, mais de 2 mil refugiados sírios. Segundo o Comitê Nacional pra Refugiados, o governo está facilitando a emissão de vistos a imigrantes sírios para reduzir a entrada clandestina no país.

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