O FIES é uma iniciativa do Governo Federal que oferece financiamento estudantil a juros baixos e prazo longo a estudantes que não têm condições de pagar a mensalidade da faculdade particular.
Criado em 1999, o programa passou por uma série de mudanças, principalmente em 2015, quando começou a exigir desempenho mínimo no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), limitou o número de vagas e virou um processo seletivo.
Para o ano de 2016, o Ministério da Educação (MEC) já anunciou algumas regras novas, que dizem respeito principalmente à distribuição de vagas e aos critérios de participação.
Se você está pensando em pedir o financiamento do governo para pagar a faculdade em 2016, fique ligado no guia que preparamos a seguir com tudo o que você precisa saber para conseguir o FIES!
O que vai mudar no FIES 2016?
As principais mudanças do FIES em 2016 são referentes aos critérios de participação e à priorização de vagas:
-Quem já tem diploma de nível superior vai poder participar do FIES.
-Serão priorizadas microrregiões mais pobres.
Entenda melhor:
Até 2015, quem já tinha feito uma faculdade não podia se candidatar ao FIES. Em 2016, essa restrição deixa de existir e estudantes que já têm um diploma de nível superior também poderão se candidatar ao FIES. O MEC ainda não divulgou todos os detalhes, mas a portaria que define os novos critérios, publicada em 14 de dezembro de 2015, menciona que as vagas do FIES 2016 serão preenchidas em duas etapas consecutivas: para quem ainda não tem diploma e depois para quem já tem um diploma de nível superior.
Em 2015, o MEC priorizou estudantes que pediram financiamento para cursos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (exceto o Distrito Federal).
Já no primeiro semestre de 2016, a priorização será feita a partir de um conjunto de indicadores. Entenda como vai funcionar:
As instituições interessadas em participar do FIES precisam se cadastrar em um sistema específico e propor o número de vagas. Essas propostas serão analisadas pelo MEC, que vai usar os seguintes critérios para determinar a distribuição de vagas do FIES para todo o Brasil:
Disponibilidade de orçamento para o FIES.Conceito do curso perante o MEC. Prioridade para cursos com nota máxima (5), seguidos de cursos com nota 4.Cursos prioritários: área da saúde, engenharias e formação de professores.Relevância social de cada microrregião.Outras medidas adotadas pelo MEC que impactem o número de vagas.
A grande novidade é que agora a priorização será feita a partir da análise de uma microrregião - conjunto de municípios vizinhos identificados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A quantidade de vagas do FIES por microrregião será determinada analisando três fatores:
I. A demanda por educação superior.
II. A demanda por financiamento estudantil.
III. A média do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) daquela microrregião.
Após a distribuição das vagas, o MEC abrirá as inscrições para os estudantes interessados. A seleção de quem receberá o benefício levará em conta a nota do Enem e mais alguns critérios. Veja a seguir quem poderá participar do FIES em 2016 e como funcionará o processo seletivo.
Quem pode participar do FIES 2016?
As regras de participação não mudaram. Poderá se inscrever no FIES 2016 quem cumprir os seguintes critérios:
-Participou do Enem a partir de 2010, com média de 450 pontos nas provas objetivas e nota maior do que zero na redação.
-Tem renda familiar bruta mensal de até dois salários mínimos e meio por pessoa.
Como vai funcionar o FIES 2016?
De forma resumida, o FIES 2016 funcionará da seguinte forma:
As universidades particulares que quiserem participar do FIES se cadastram.O MEC aprova a participação das universidades e distribui o número de vagas que serão oferecidas em todo o Brasil.São abertas as inscrições para estudantes, provavelmente após sair o resultado do Programa Universidade para Todos (ProUni).Os estudantes que cumprirem os requisitos de participação se inscrevem no processo seletivo do FIES, optando por uma das vagas disponíveis.O sistema preenche as vagas automaticamente, usando como critério a nota do Enem. Quanto maior a nota do Enem, maiores as chances de conseguir o FIES.Finalizado o período de inscrições, o MEC divulga o resultado com os pré-selecionados do FIES.Os pré-selecionados do FIES se inscrevem pela internet para iniciar o processo de financiamento, apresentam a documentação necessária e assinam o contrato no banco.Caso sobrem vagas, haverá uma lista de espera.
Uma vez concedido o financiamento do FIES, o funcionamento segue três fases distintas:
-Utilização:
é o período em que o estudante está matriculado no curso financiado e deve pagar parcelas trimestrais referentes apenas aos juros do financiamento.
-Carência:
é de 18 meses a partir da formatura. Até lá, o estudante só paga as parcelas trimestrais referentes aos juros.
-Amortização:
um ano e meio depois de se formar, o estudante começa a pagar a dívida do FIES, em parcelas mensais, com prazo de vários anos.
Como aumentar as chances de conseguir o FIES?
Com a limitação de orçamento e vagas, está cada vez mais difícil conseguir o FIES. A boa notícia é que essas medidas estão priorizando pelo menos quatro grandes frentes:
-Cursos superiores de qualidade, com melhor desempenho perante o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
-As áreas do conhecimento que hoje são mais importantes para o desenvolvimento do país: saúde, educação e infraestrutura (engenharias).
-As regiões menos favorecidas, que podem se beneficiar de um salto na educação e qualificação de seus habitantes.
-Os estudantes que não têm condições financeiras de bancar uma faculdade particular, mas que ao mesmo tempo apresentam maior capacidade e interesse em estudar (o que se reflete na nota do Enem).
Por isso, se você pretende aumentar suas chances de conseguir o FIES, é importante preencher o máximo de características a seguir:
-Nota alta no Enem, tanto nas provas objetivas quanto na redação. A redação é o primeiro critério de desempate!
-Candidatar-se a cursos com maior quantidade de vagas, seja por sua qualidade (nota 5 perante o MEC) ou área do conhecimento (saúde, licenciaturas, pedagogia, engenharias).
-Estar localizado e solicitar o financiamento para estudar em regiões consideradas prioritárias pelo MEC (pela demanda por ensino superior, necessidade de financiamento estudantil e IDH).
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