A proximidade das provas de vestibular costuma deixar os estudantes ansiosos e com a sensação de que precisam de mais tempo para se preparar, pois ainda não estão prontos. Mesmo quem estudou muito pode sucumbir ao nervosismo e não realizar a prova como poderia. Quem nunca ouviu alguém dizer que sabia determinada questão, mas na hora teve o famoso 'branco'.
Boa parte desse esquecimento ou dificuldade para responder questões que o candidato sabe pode ocorrer pelo nervosismo ou falta de familiaridade com o tipo de prova. A tensão é normal, mas conseguir controlá-la pode ser o diferencial que fará com que o aluno alcance ou não o sucesso no vestibular.
Para ter mais segurança na hora da prova há dois caminhos: ter estudado e conhecer a forma como os conteúdos serão cobrados. Portanto, a esta altura, quem se preparou bem durante o ano precisa apenas testar suas capacidades antes da prova de verdade e, para isso, nada melhor do que um simulado.
O professor Ivo Carraro, coordenador de atendimento ao aluno do Curso Positivo, explica que o simulado funciona, tanto como um teste de conhecimento, quanto para desenvolver habilidades para quando o estudante se defrontar com o teste real. "Ter contato com o formato da prova de forma antecipada é uma maneira de se conhecer o caminho previamente. Familiarizar-se com tal caminho proporciona uma maior segurança", afirma o professor.
Os conteúdos aprendidos durante toda a vida estudantil de um aluno, assim como as outras informações adquiridas pelo ser humano, fixam-se no cérebro e ficam arquivados na memória, de forma semelhante ao sistema de um computador. Carraro, que também é psicólogo, explica que o simulado seria uma forma de verificação prévia destes arquivos.
Nesse contexto entra a questão emocional do candidato, para o especialista são duas as preocupações na hora de realizar um exame. "A primeira diz respeito à segurança na existência dos arquivos na memória, ou seja, é preciso estar muito bem preparado. A segunda é a de ter controle emocional tendo em vista que a ansiedade excessiva prejudica o acesso aos arquivos do conhecimento", justifica Carraro. Por isso, muitas vezes o candidato de fato sabe, porém o nervosismo pode impedir que ele acesse a informação.
Com relação a nota ou ao resultado obtido, o mais importante é a classificação do aluno em relação aos demais concorrentes dele. O professor aconselha o vestibulando a verificar se a sua colocação está dentro do número de vagas disponíveis para o curso desejado. "Por exemplo, para o curso de medicina da UFPR são classificados anualmente 176 estudantes pelo concurso vestibular. Se nos vestibulares simulados a classificação estiver entre os 176 primeiros, a possibilidade de ingresso naquele curso é grande", explica.
No entanto, se o desempenho ficar aquém do esperado nada de desespero. É possível tirar proveito dos erros a partir de uma auto-avaliação. Primeiro, de acordo com Carraro, é importante identificar as possíveis falhas e fazer uma correção de rota, analisar métodos e horários de estudos, a forma de assistir aulas, como está o controle emocional, a forma de resolução das questões e o tempo utilizado para resolvê-las, por exemplo.
Por outro lado, resultados superpositivos podem gerar um excesso de confiança. "É preciso que ele tenha a consciência de que alcançar um objetivo almejado requer muito esforço pessoal. É louvável quando isto acontece", afirma o professor. No entanto, manter-se nesta posição requer esforço muito maior. "Excesso de confiança pode gerar menosprezo pelo desafio e aí o fator surpresa - desagradável - pode se fazer presente" alerta Carraro. "É preciso lembrar-se que vestibular simulado é apenas uma verificação prévia. È somente um ensaio da realidade como os atores fazem para apresentar a peça para o público. É preciso ensaiar para fazer bonito", aconselha o professor.
Simulado é um grande aliado na reta final de preparação: Testar os conhecimentos e o próprio controle emocional antes do vestibular pode fazer a diferença
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