Paralisação de PMs no Espírito Santo chega ao sétimo dia sem solução
A grave crise na segurança pública no Espírito Santo desencadeada pela paralisação dos policiais militares chega nesta sexta (10) ao sétimo dia sem solução. A reunião entre os secretários do governo do Espírito Santo e representantes das mulheres e das associações de classe dos policiais militares terminou sem acordo no início da madrugada desta quarta-feira após dez horas de negociação.
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo, foram registrados 121 homicídios no estado desde sábado (4) até a manhã desta sexta, a maior parte na região metropolitana de Vitória. Desde segunda-feira (6), o patrulhamento tem sido feito pelas Forças Armadas e pela Força Nacional.
Umas das consequências da falta de patrulhamento dos policiais nas ruas é a suspensão da vacinação da febre amarela nas unidades de saúde na Grande Vitória. O estado é um dos que têm registrado casos da doença. Com 114 notificações de suspeitas da doença, o Espírito Santo tem 20 casos confirmados de febre amarela e continua investigando 89. Seis pessoas morreram pela doença nos municípios de Ibatiba, Irupi, Itarana e Pancas.
No Rio de Janeiro, familiares de policiais militares bloquearam quatro batalhões da polícia militar nesta sexta. O comando das unidades está mantendo diálogo com os manifestantes para que suspendam o bloqueio. Segundo a PM, mesmo assim, o policiamento não foi afetado.
Presidentes da Colômbia e Peru teriam recebido propinas de multinacional brasileira
Diversos membros da oposição da Colômbia pedem a renúncia do presidente Juan Manuel Santos caso se confirme que a campanha eleitoral do mandatário tenha recebido propina da construtora brasileira Odebrecht. Os pedidos surgiram após o procurador-geral Néstor Martínez informar que a campanha de 2014 de Santos teria recebido cerca de US$ 1 milhão da multinacional brasileira. Em delação no Brasil, a Odebrecht reconheceu que cometeu a prática de suborno em diversos países latinos e que pagou cerca de US$ 11 milhões em propinas na Colômbia entre 2009 e 2014. Além de Bula, o ex-vice-ministro de Transporte Gabriel Morales, que atuava no governo de Álvaro Uribe, foi preso por receber propina.
Um promotor também pediu a prisão preventiva do ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo (2001-2006), acusado de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Jorge Barata, ex-diretor da Odebrecht na nação latina, confirmou às justiças brasileira e peruana que Toledo recebeu US$ 20 milhões em propinas para garantir à empreiteira as obras de construção da Estrada do Pacífico, que liga os dois países.
Corte de Apelação rejeita veto de Trump a refugiados e cidadãos de sete países
A Corte Federal de Apelação dos Estados Unidos rejeitou nessa quinta-feira (9), de forma unânime, o pedido do presidente Donald Trump para restabelecer o veto à entrada em território norte-americano de refugiados e cidadãos de sete nações muçulmanas – Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.
De acordo com os três juízes que compõem a Corte de Apelação, em San Francisco, Califórnia, o governo não mostrou “nenhuma evidência” de que o ingresso nos Estados Unidos de pessoas das sete nações ameace a segurança nacional. O governo dos Estados Unidos pode ainda recorrer à Suprema Corte para tentar anular a decisão proferida pelo Tribunal de Apelações. Mas, como a decisão da corte foi unânime, são menores as chances de o presidente Donald Trump ganhar na instância superior.
Comunidade internacional condena lei de Israel que expropria terrenos palestinos
Vários líderes mundiais reagiram com preocupação a uma lei aprovada pelo parlamento israelense na segunda-feira (6) e que expropria terrenos privados de palestinos em favor de colonos da Cisjordânia. A polêmica “Lei da Regulamentação” legaliza retroativamente cerca de 4.000 casas de colonos israelenses construídas em territórios palestinos na Cisjordânia.
O secretário geral da ONU, António Guterres, afirmou que a medida é uma violação da lei internacional e que Israel “enfrentará consequências”. No mesmo tom, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, condenou a nova lei, afirmando que a mesma é um passo “perigoso” que pode “perpetuar a ocupação e o conflito” no Oriente Médio. Do ponto de vista internacional, a Cisjordânia é considerada um território “ocupado”, onde não podem ser utilizadas leis nacionais do país ocupante.
Anistia Internacional denuncia “abatedouro humano” em prisão na Síria
Em relatório publicado nesta terça-feira (7), a Anistia Internacional acusa o governo da Síria de ter enforcado 13 mil pessoas entre 2011 e 2015, em uma prisão perto de Damasco. O documento denuncia uma “política de extermínio” do regime de Bashar Al Assad. Segundo o documento, pelo menos uma vez por semana, entre 2011 e 2015, grupos de até 50 pessoas eram retirados de suas celas para processos arbitrários, “em plena noite, em segredo absoluto”. Depois de espancados, eram enforcados. O texto relata que ao longo de todo o processo, os detentos “têm os olhos vendados, não sabem nem quando, nem como vão morrer “. A maioria das vítimas era de civis, opositores ao regime do presidente Bashar Al Assad, ressalta a Anistia Internacional.
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