EUA atacam base aérea na Síria em resposta ao uso de arma química; Rússia condena decisão
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta quinta (6) um ataque militar a uma base aérea na Síria. Segundo Trump, trata-se de uma resposta ao uso de armas químicas pelo governo do presidente Bashar Al Assad. Um ataque com gás venenoso na terça-feira (4), na cidade síria de Khan Sheikhoun, matou mais de 80 pessoas, a maioria delas civis, crianças e mulheres, e deixou mais de 500 feridos.
“Não pode haver nenhuma dúvida de que a Síria utilizou armas químicas banidas, violou suas obrigações perante a Convenção sobre as Armas Químicas e ignorou os pedidos do Conselho de Segurança”, disse Trump. Até o momento, o discurso do norte-americano estava direcionado ao combate ao grupo extremista Estado Islâmico que, na Síria, faz oposição ao governo.
Na quarta (5), o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu para debater o ataque químico, porém, mais uma vez, a votação de uma resolução foi barrada por oposição da Rússia – o país já barrou, ao lado da China, sete tentativas de aprovar uma resolução condenando o regime de Bashar Al Assad.
Repercussão
Em comunicado, o presidente russo, Vladmir Putin, disse que o lançamento dos mísseis agrediu um Estado soberano e isso representa “um golpe nas relações da Rússia com os Estados Unidos”. O Kremlin reforçou que os Estados Unidos terão consequências negativas porque violaram normas do direito internacional. O país já pediu pediu uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
A França e Alemanha afirmaram, em comunicado conjunto, que o presidente sírio, Bashar Al Assad, tem plena responsabilidade pelos ataques dos Estados Unidos à base militar do governo sírio. O primeiro-ministro de Israel também apoiou. Benjamin Netanyahu afirmou que o Estado israelense está plenamente de acordo com a decisão de Donald Trump.
Outros países que apoiaram o ataque foram o Japão, a Turquia, o Reino Unido e a Arábia Saudita. A China e o Irã afirmaram que não apoiam a medida norte-americana. A ONU alertou nesta sexta (7) sobre risco de escalada da violência após o ataque dos EUA.
Explosão no metrô de São Petersburgo deixa pelo menos 14 mortos
Um atentado terrorista ocorrido nessa segunda-feira (3) no metrô de São Petersburgo deixou pelo menos 14 mortos e mais de 50 feridos. O ataque ocorreu pouco antes das 15h (horário local, 9h em Brasília) do dia em que era reiniciado o ano letivo na Rússia. Para a prevenção de novos atentados, as autoridades reforçaram as medidas de segurança em toda a cidade e na capital russa, Moscou, tanto nos transportes quanto em edifícios públicos, praças, escolas e creches.
Segundo os serviços secretos do Quirguistão, tudo indica que um cidadão do país centro-asiático seja o autor do atentado, que ocorreu quando o presidente russo, Vladimir Putin, se encontrava em São Petersburgo. O suspeito foi identificado como Akbarzhon Djaliliv, nascido em 1995, mas que posteriormente obteve a cidadania russa.
Ataque na Suécia: Caminhão avança sobre pedrestres em rua no centro de Estocolmo
Pelo menos duas pessoas morreram nesta sexta-feira (7) depois que um caminhão atropelou vários pedestres em uma rua no centro de Estocolmo. A ação é considerada pelas autoridades um atentado terrorista, confirmou o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven.
“A Suécia foi atacada. Tudo indica que foi um atentado terrorista”, declarou Löfven em rápida entrevista. O incidente ocorreu na Rua Drottninggatan, uma das principais do centro da cidade, próxima de muitos estabelecimentos comerciais, para onde se deslocaram várias ambulâncias. A polícia isolou a área.
Mercosul inicia aplicação de mecanismo que pode levar à expulsão da Venezuela
O Mercosul iniciou neste sábado (1º) o processo de aplicação da Cláusula Democrática à Venezuela, que pode resultar na expulsão do país do bloco regional, integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A decisão foi tomada numa reunião de urgência, em Buenos Aires.
A reunião de ministros das Relações Exteriores dos quatro países fundadores do Mercosul foi convocada pela Argentina, que ocupa a presidência rotativa do bloco. O motivo foi a decisão do Tribunal Superior de Justiça da Venezuela de assumir os poderes do Parlamento, onde a oposição é maioria desde 2016. A justiça venezuelana alega que o Legislativo está em regime de desacato porque deu posse a três parlamentares, cuja eleição foi impugnada em dezembro de 2015.
Diante das críticas internacionais – e principalmente após a reação da procuradora-geral da República venezuelana, Luisa Ortega, que denunciou a medida como inconstitucional –, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou o Conselho de Segurança Nacional, que pediu à Justiça a revogação do ato . O Tribunal Superior acatou o pedido e voltou atrás, restituindo os poderes legislativos ao Parlamento e a imunidade aos parlamentares. Mas no comunicado divulgado hoje após a reunião, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai avaliam que ainda assim há “uma ruptura da ordem democrática na Venezuela”. Leia mais.
Somália declara estado de guerra e oferece anistia a membros de grupo jihadista
O presidente da Somália, Mohammed Abdullahi “Farmaajo”, declarou nesta quinta-feira (7) “estado de guerra” no país para acabar com o grupo jihadista Al Shabab, que ainda controla amplas zonas do sul e do centro do país, e ofereceu anistia aos terroristas que queiram se render. A anistia governamental, à qual os membros da milícia poderão aderir em um prazo de 60 dias, está dirigida aos “jovens da Somália que foram enganados por lutadores estrangeiros”, segundo o presidente somali.
“Damos uma oportunidade para que se entreguem antes que as balas os alcancem”, acrescentou Abdullahi. Durante seu discurso, ele insistiu que a guerra para acabar com os jihadistas não é um objetivo só do governo, mas que todo o povo da Somália tem que permanecer unido para alcançá-lo. “O Al Shabab tem cerca de 5 mil combatentes, mas nós somos mais de 12 milhões de pessoas”, disse. O governo somali já ofereceu anistia aos terroristas em 2014, quando mais de 500 militantes do Al Shabab se renderam.
Extremismo
O Al Shabab anunciou em 2012 sua adesão formal à Al Qaeda e à luta por instaurar um estado islâmico de inspiração wahhabista (movimento religioso ultraconservador e extremista) na Somália, onde perpetra regularmente atentados contra civis, policiais, representantes do governo e militares. O último deles ocorreu nesta quarta (5), quando pelo menos oito pessoas morreram e várias ficaram feridas em um restaurante da capital, Mogadíscio, após um atentado com carro-bomba. Apesar dos esforços do Exército somali e das tropas da Missão da União Africana na Somália, o Al Shabab segue tendo capacidade para efetuar ações em grande escala, tanto dentro como fora do país, segundo um recente relatório da ONU. Leia mais.
GUIA DO ESTUDANTE
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