quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Saiba mais sobre os livros da lista da Fuvest para 2018 Fizemos uma seleção especial de conteúdos para ajudar na parte mais teórica da leitura para o vestibular

Você já leu toda a lista obrigatória da Fuvest 2018? O termo “obrigatório” torna essa experiência um pouco carrasca, mas o valor literário dessas obras vai muito além da sua presença em questões de vestibular. São livros clássicos e isso não quer dizer que eles sejam velhos ou chatos. Entendo esse pensamento porque, dos nove livros da lista atual, quatro obras já caiam na época em que prestei vestibular. Quando minha professora de literatura disse “vocês precisam ler esses livros com o coração aberto”, eu fiquei meio desconfiada de que não iria gostar deles. Na correria, entre aulas e revisões, só conseguia lê-los no ônibus. E esse era o meu momento preferido do dia (depois de comer e dormir, claro). Por quê? Porque segui o conselho da minha professora e me dediquei a eles sem preconceitos. Com isso, consegui mergulhar em cada história e isso ajudou muito na hora da prova.
Inspirada então em minha querida professora, aí vai o meu conselho: leia a lista como se estivesse realmente fazendo uma atividade de lazer, sem julgar a leitura. Posso apostar que a última coisa que José de Alencar ou Machado de Assis imaginaram é que suas histórias iriam ser percebidas como “uma obrigação” para o vestibular. Acredite, assim vai ser mais divertido!
Para ajudá-los com a parte mais teórica, separamos conteúdos especiais nesse post sobre os livros que vão cair na Fuvest.

Iracema – José de Alencar

Escrito em prosa poética, esse romance é um dos principais representantes da vertente indianista do movimento romântico e traça uma espécie de mito de fundação da identidade brasileira.

Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis

Ao criar um narrador que resolve contar sua vida depois de morto, Machado de Assis muda radicalmente o panorama da literatura brasileira, além de expor de forma irônica os privilégios da elite da época.

O cortiço – Aluísio de Azevedo

O romance tornou-se peça-chave para o melhor entendimento do Brasil do século XIX. Tendo como cenário uma habitação coletiva, o romance difunde as teses naturalistas, que explicam o comportamento dos personagens com base na influência do meio, da raça e do momento histórico.

A cidade e as serras – Eça de Queirós

O narrador-personagem, José Fernandes, é quem conta a história do amigo Jacinto. A narrativa se passa no século XIX, quando Paris era considerada a capital da Europa e o centro do mundo. 

Vidas Secas – Graciliano Ramos

“Vidas Secas”, romance publicado em 1938, retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca.

Minha vida de menina – Helena Morley

A obra se desenrola no formato de um diário escrito por uma adolescente entre seus 13 e 15 anos, na cidade de Diamantina (MG), no fim do século XIX. 

Claro Enigma – Carlos Drummond de Andrade

Publicado em 1951, Claro Enigma nos mostra um poeta mais amargo, voltado para questões mais reflexivas sobre a condição humana. 

Sagarana – João Guimarães Rosa

Primeira obra de Guimarães Rosa a sair em livro, traz nove contos, nos quais o universo do sertão, com seus vaqueiros e jagunços, surge no estilo marcante que o escritor iria aprofundar em textos posteriores.

Mayombe – Pepetela

Publicado originalmente em 1980, Mayombe foi escrito durante a participação do escritor angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos (Pepetela) na guerra de libertação de Angola na década de 70. Recompõe o cotidiano dos guerrilheiros do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) em luta contra as tropas portuguesas. 
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