Greve de professores afeta 1 milhão de
alunos de universidades federais
Movimento tem adesão em 44 instituições de ensino superior.
Ministro diz que governo cumpriu acordo e busca solução para impasse.
A greve de professores das universidades federais atinge 44 instituições de ensino superior (veja quadro abaixo). Cerca de um milhão de alunos estão sem aulas. A greve foi iniciada na última quinta-feira (17). Os professores querem aumento de salário, melhores condições de trabalho e mudanças na política salarial.
A greve é por tempo indeterminado. Só no estado do Rio de Janeiro, cem mil estudantes podem ficar sem aulas. Os professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aderiram a greve. O sindicato da categoria informou que 40% dos professores estão parados. Em São Paulo, professores da Unifesp anunciaram a adesão ao movimento.
VEJA AS INSTITUIÇÕES QUE ESTÃO EM GREVE |
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1. Universidade Federal do Amazonas
2. Universidade Federal de Roraima 3. Universidade Federal Rural do Amazonas 4. Universidade Federal do Pará 5. Universidade Federal do Oeste do Pará 6. Universidade Federal do Amapá 7. Universidade Federal do Maranhão 8. Universidade Federal do Piauí 9. Universidade Federal do Semi-Árido 10. Universidade Federal da Paraíba 11. Universidade Federal de Campina Grande 12. Universidade Federal Rural de Pernambuco 13. Universidade Federal de Alagoas 14. Universidade Federal de Sergipe 15. Universidade Federal do Triângulo Mineiro 16. Universidade Federal de Uberlândia 17. Universidade Federal de Viçosa 18. Universidade Federal de Lavras 19. Universidade Federal de Ouro Preto 20. Universidade Federal de São João Del-Rei 21. Universidade Federal do Espírito Santo 22. Universidade Federal do Paraná 23. Universidade Federal do Rio Grande 24. Universidade Federal do Mato Grosso 25. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 26. Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri 27. Universidade Tecnológica Federal do Paraná 28. Instituto Federal do Piauí 29. Centro Federal de Educação Tecnológica de MG 30. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia 31. Universidade do Vale do São Francisco 32. Universidade Federal de Goiás (Catalão) 33. Universidade Federal de Pernambuco 34. Universidade Federal do Acre 35. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro 36. Universidade Federal do Rondônia 37. Universidade de Brasília 38. Universidade Federal de Juiz de Fora 39. Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais 40. Universidade Federal do Pampa 41. Universidade Federal de Alfenas 42. Universidade Federal Fluminense 43. Universidade Federal do Rio de Janeiro 44. Universidade Federal de São Paulo |
Fonte: Andes |
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) diz que o governo não cumpriu um acordo do ano passado para reestruturar a carreira. "Nós estamos em negociação desde agosto de 2010 e até o momento não se apresentou nenhum avanço em termos de alteração da proposta governamental sobre reestruturação da carreira", diz Marina Barbosa, presidente da Andes.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, criticou a postura do sindicato. "Não vejo por que uma greve neste momento, neste cenário. Estamos negociando uma alteração nas carreiras que terá impacto somente no ano que vem. Por que parar as aulas em maio?", questionou Mercadante.
"O apelo que estamos fazendo é para que haja uma recuperação dessa decisão. Cumprimos o acordo e a negociação está em aberto. Essa greve traz prejuízos a 1 milhão de estudantes e o Brasil precisa que eles estudem", defendeu Mercadante. Ele também reclamou da demora do Congresso em aprovar o reajuste para os professores universitários. De acordo com o ministro, foi preciso o Planalto editar uma medida provisória na última semana para garantir o aumento dos docentes retroativo a março.
Em nota, o ministério afirma que: "o Ministério da Educação esclarece que nenhum funcionário ou professor de universidade ou instituto federal ganha R$ 500. Esclarece ainda que sabonete e papel higiênico não estão na pauta de reivindicações do ANDES. O índice de reajuste acordado com os sindicatos foi cumprido, ainda que de forma retroativa ao mês de março. O salário de junho já trará os novos valores acrescidos ainda da incorporação das gratificações. O que se discute agora é o Plano de Carreiras, cujas negociações estão abertas e dentro do prazo".
O Ministério da Educação deve se reunir na próxima semana com representantes da categoria para buscar uma solução para acabar com a greve.
Fonte: G1
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