Escola Estadual 29 de Março recebeu média de 0,1 em análise do MEC.
Dados sobre educação básica foram divulgados nesta terça-feira (14).
Situada no bairro de Jardim Santo Inácio, em Salvador, a Escola Estadual 29 de Março recebeu a média 0,1 no índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), divulgado nesta terça-feira (14) pelo Ministério da Educação (MEC). A nota é a pior do Brasil na comparação com outras 30.841 escolas em análise referente à 8ª série do ensino fundamental.
Após tomar conhecimento dos dados, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia informou por meio de nota que ocorreu um erro do órgão estadual na migração de dados para o sistema do Ministério da Educação, o que gerou um indicador que não corresponde com o real. "A pontuação do Colégio Estadual 29 de Março, em Salvador, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), é 2,4, ao contrário do que aparece no resultado do Ideb 2011. O erro foi relativo ao indicador de rendimento, que aparece com o índice de 0,03, quando o correto é 0,50", diz a nota.
O Ministério da Educação foi procurado pelo G1 e deve se pronunciar sobre o caso.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica foi criado pelo MEC para medir a qualidade no ensino básico. Ele é feito a cada dois anos e chega à quarta edição. Para chegar ao índice, o MEC calcula a relação entre rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e desempenho na Prova Brasil aplicada para crianças do 5º e 9º ano do fundamental e do 3º ano do ensino médio.
Nas três edições anteriores do Ideb (2005, 2007 e 2009), a Escola 29 de Março obteve notas 2; 1,6; e 2,2, respectivamente. Diante dos resultados apresentados, a projeção feita pelo Ministério da Educação (MEC) para a nota da escola neste ano era de 2,6.
A escola que obteve melhor desempenho na Bahia foi o Colégio Militar de Salvador (CMS), instituição pública federal, ocupando a sexta colocação nacional, com nota 7,2.
A Escola 29 de Março divide espaço com um centro comercial do bairro, onde funcionam três mercadinhos e uma farmácia. A entrada dos estudantes é feita por um portão lateral e há salas no andar superior aos estabelecimentos comerciais.
Não há indicação, placa ou letreiro informando que trata-se de uma unidade escolar. O G1 não foi autorizado a entrar na escola.
Uma mãe de aluno, que preferiu não ser identificada, disse que pensa em tirar o seu filho da escola por conta do "mau comportamento" dos estudantes.
“Eles são muito bagunceiros no geral. Vejo isso quando levo e pego meu filho. Apesar de não ter nada contra o ensino, que me parece que está sendo bem aplicado, não sei o que acontece para que haja tanta bagunça por parte dos alunos de lá”, opina a mãe.
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