Aula de química explica as diferenças entre as TVs de LCD, Plasma e LED
Primeira televisão de plasma chegava a custar R$ 50 mil.
Entenda as vantagens e as desvantagens de cada tipo de aparelho.
Brasileiro adora filme, novela e futebol. E tudo isso ele pode ver por meio da televisão. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), 92% dos municípios brasileiros têm pelo menos um aparelho de televisão.
Nas lojas, o que não faltam são opções. na hora de comprar um televisor, vem a pergunta: qual é melhor, LCD, Plasma ou LED? Na verdade, cada um tem uma função diferente. É tudo uma questão de ciência.
A televisão chegou ao Brasil em 1950. Até os anos noventa, os aparelhos formavam as imagens através do tubo, o tubo de imagens. A partir dos anos 90, novos aparelhos surgiram, com telas maiores, alta resolução, novas tecnologias. A primeira foi o plasma. Na época do lançamento, um aparelho chegava a custar R$ 50 mil.
“O plasma, na verdade, é mais uma fase de agregação da matéria, como o sólido, o líquido e o gasoso. Se aquecermos um sólido, sabemos que podemos transformá-lo num líquido. Aquecendo um líquido ele pode se converter a um gás. E se aquecermos muito um gás, ele pode se ionizar e se converter ao estado de plasma. Se chegarmos perto de uma televisão de plasma, podemos sentir essa energia. Essa televisão está mais aquecida do que outras tecnologias envolvidas nessas televisões mais finas”, explica Gilton Lyra, professor de química.
Os aparelhos de LCD, a tela de cristal líquido, surgiram praticamente na mesma época. TVs mais leves, finas e bonitas e se tornaram também acessíveis nos anos 2000.
Nos últimos anos, outro tipo de aparelho conquistou os consumidores. O LED nada mais é do que uma tela de LCD com pequenas modificações.“É interessante que o display de cristal líquido convencional apresenta, por trás, uma matriz de luz, uma lâmpada geralmente fluorescente que ilumina toda aquela matriz, que pode ser filtrada ou não, pelas moléculas do cristal líquido. Cristais líquidos, por sua vez, são formados por moléculas que têm a sua estrutura bem comprida e bem fininha, que podemos representar por um fio de macarrão cru. Esse agrupamento de macarrão cru exemplificaria bem o que é o cristal líquido, porque, nesse agrupamento, vemos que temos uma organização de sólido, cristalina, com uma fluidez de líquido”, diz Gilton.
“LEDs é que vão iluminar essas moléculas de cristal líquido por trás, permitindo também a passagem de luz. O preto numa televisão convencional é aquela iluminação branca de trás que foi filtrada por uma molécula de cristal líquido. Já numa televisão de LED, o preto é um diodo emissor de luz que deixou de acender. Além de economizar energia, aquele preto ser mais preto faz com que aquela televisão de LED apresente um contraste melhor na formação de imagem”, detalha Lyra.
Fica mais fácil entender quando observamos esse globo de plasma.
“Aqui dentro, existe a presença de gases à baixa pressão. E ali no centro um eletrodo. Da mesma maneira quando você liga uma televisão de plasma, a imagem começa a aparecer, os gases começam a ser ionizados. O plasma, na verdade, são gases constituídos por íons, com muito fornecimento de energia, os gases se ionizam e formam esse estado de plasma. É isso o que existe dentro de uma televisão de plasma. É interessante observar que as TVs de plasma esquentam exatamente por isso, precisam de muita energia para ionizar os gases. Se eu aproximar de um globo de plasma uma lâmpada fluorescente, ali é positivo, mas minha mão vai ser negativa. Até a minha mão esta lâmpada vai ser acesa, que é para nos mostrar que realmente precisamos de muita energia para chegar ao estado de plasma”, acrescenta Lyra.
Mas afinal, qual é o melhor? Quais as vantagens e as desvantagens de cada tipo de aparelho?
“A de plasma, por exemplo, é muito indicada para imagens dinâmicas, e essas imagens dinâmicas correm o risco ou teriam a desvantagem de formar um certo fantasma, uma certa sombra que as acompanha. Isso já não acontece nas TVs de LCD, por exemplo. Nela, a imagem é mais precisa, inclusive o LCD convencional, como tem uma luminosidade forçada, também é indicado para ambientes mais claros. Portanto, em ambientes mais iluminados e com imagens mais estáticas o LCD seria melhor. E a tecnologia LED, que além de ser mais fina, é uma tecnologia mais correta. Gasta-se menos energia e há um contraste superior”, finaliza.
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