Temas do cotidiano também foram mostrados aos estudantes
O primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2013 apresentou questões que abrangeram temas como a diversidade e a inclusão. Nesta sábado (26) foram aplicadas as provas de Ciências da Natureza e Ciências Humanas e suas tecnologias.
Em Ciências Humanas, o exame abordou o respeito a pessoas homossexuais em uma questão que falava sobre políticos gays nos Estados Unidos.
Já no caderno de Ciências da Natureza, a partir de um tópico de física sobre força, foi explicado como funcionava o elevador hidráulico em veículos adaptados para pessoas com deficiências. Para chamar a atenção do candidato, o Enem usou temas do cotidiano em questões de biologia e química. Foi possível encontrar perguntas sobre o uso do DNA em testes de paternidade e no reconhecimento de pessoas acidentadas.
O "NanoKid", como é chamada a figura abaixo, foi usado em uma das questões de química. O enunciado explicava o que eram os nanoputians, moléculas orgânicas que lembravam a forma humana, criadas nos Estados Unidos para tornar a química mais atraente para as crianças. Na pergunta, o Enem queria que o candidato explicasse em que parte do "corpo" da molécula se encontra um carbono quaternário.
A prova de 2013 de Ciências Humanas também citou o processo histórico de participação feminina na sociedade. Uma das questões com charge abordava a conquista do direito a voto na década de 1930 e outra, com dois textos, mostrava como as mulheres viviam limitadas, sobre a rígida supervisão de pais e maridos.
Outro assunto muito trabalhado na prova foi a cultura da África e a sua contribuição para a construção da cultura brasileira. Em das perguntas, os estudantes precisaram refletir sobre como a sociedade africana era retratada em filmes de Hollywood, a partir de clichês exóticos, como nos filmes citados "Um Príncipe em Nova York" e "Ace Ventura: Um Maluco na África".
Balanço do primeiro dia
Jéssica Paduan acredita que estudantes de escolas públicas não tiveram tanta facilidade para resolver as questões, devido às deficiências no ensino. "O conteúdo da prova estava bem fora do contexto do que é estudando na escola pública", conta a candidata, de 17 anos. Ela, que sempre estudou em escolas do governo, não se considera preparada só com o que aprendeu em sala de aula. "É a primeira vez que faço o Enem. Cheguei a fazer um dois meses de cursinho para ver se ajudava, mas vi que precisaria de muito mais tempo que isso para correr atrás do prejuízo", diz.
O estudante Igor Giglio, de 16 anos, também foi um dos primeiros a sair da prova e considerou o conteúdo equilibrado. "Tinham questões muito fáceis e outras bem mais difíceis, mas eu fiz a prova só para conhecer mesmo". Ele está no terceiro ano do Ensino Médio e pretende cursar Odontologia. "Como eu já tinha me inscrito em outros vestibulares, acabei fazendo as provas e consegui passar", comemora Igor, que já garantiu sua vaga em uma universidade.
GUIA DO ESTUDANTE
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