sábado, 20 de outubro de 2012


Redação do Enem, parte 3: como argumentar

Na produção do texto, utilize suas próprias ideias, não copie passagens de outros e privilegie explicações que tenham potencial de apelo e convencimento

Lecticia Maggi
Redação Enem
Redação Enem (Thinkstock)
A capacidade de argumentar é uma competência avaliada pela redação do Enem. Mesmo que o estudante demonstre um português corretíssimo e não fuja da proposta dada, é fundamental que ele defenda no texto sua opinião, seu ponto de vista. Os argumentos são os grandes responsáveis por estruturar a redação e fornecer aos corretores elementos para avaliá-la. Podem, dessa forma, sustentar ou arruinar uma nota.
"Para uma boa argumentação, é fundamental que o estudante tenha um bom repertório", diz professora Eclícia Pereira, coordenadora de redação do Cursinho da Poli. "Esse repertório, por sua vez, é formado pelo conhecimento e pelas experiências que o estudante acumula durante a vida."
Não há técnicas infalíveis para a construção de um bom repertório. Ele é cumulativo e deve ser enriquecido dia a dia, com leituras sobre o maior número de assuntos possíveis e também experiências individuais. Some-se a isso capacidade de observação e reflexão.
Os professores ouvidos por VEJA oferecem ainda três orientações aos estudantes para a tarefa de argumentar na prova de redação: apresente ideias próprias, não ignore opiniões contrárias e escolha explicações que tenham maior potencial de apelo e convencimento.
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Não copie trechos dos textos de apoio

O professor Francisco Platão Savioli, do Anglo Vestibulares, costuma dizer que a redação do Enem pretende medir o quão engajado são os candidatos que participam da provam e se eles têm capacidade de pensar pela própria cabeça. "Isso não significa que é preciso escrever uma teoria revolucionária na redação. Mas o estudante deve demonstrar certa originalidade", diz.
Valem, portanto, as orientações a seguir:
1. Não copie trechos dos textos de apoio
A cópia, mesmo que de uma única frase, pode ser desastrosa para a nota final. Os textos de apoio (como o próprio nome diz) devem servir exclusivamente para isso: auxiliar o candidato na construção de seus próprios argumentos.
"Quanto mais um aluno copia, mais mostra ao avaliador que não tem informações suficientes sobre o assunto tratado", adverte a professora Eclícia Pereira, do Cursinho da Poli.
2. Evite parafrasear trechos dos textos de apoio
Parafrasear é escrever a mesma coisa, mas utilizando-se de outras palavras. Assim como copiar um trecho, parafraseá-lo também é uma péssima saída. Confira um exemplo de paráfrase a seguir:
Trecho original: "É preciso que ocorram transformações urgentes no sistema de ensino do país".
Paráfrase: "São necessárias mudanças imediatas na educação brasileira".
3. Use seu repertório:
Tiago Fernandes, professor do CPV Vestibulares, ressalta que os corretores da prova esperam que o aluno vá além dos textos de apoio, adicionando informações novas à discussão. Por isso, além de reelaborar as ideias dos textos de apoio é fundamental que o estudante as associe à sua própria realidade. Uma ideia nova, ainda que limitada, vale mais do que a repetição indiscriminada de outras ideias.
4. Informe-se o máximo possível
A única forma de ampliar o repertório e, assim, melhorar o desempenho na argumentação é buscar informações, seja nos jornais, na TV, na internet, com os amigos, em passeios etc.. Segundo professores, nas últimas semanas que antecedem o Enem, "vale tudo para se antenar".
Veja

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