sexta-feira, 15 de março de 2013


MEC contesta dados da Pnud sobre educação

Segundo governo, números utilizados em cálculo estão desatualizados

Ministro da Educação Aloizio Mercadante
"Brasil poderia subir 20 posições no ranking se fossem considerados dados mais recentes", alega ministro da Educação, Aloizio Mercadante (Antônio Cruz/ABr )
Incomodado com a constatação de que o Brasil manteve a 85ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2012, divulgado nesta quinta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o governo se apressou em dizer que os números relativos a educação utilizados no levantamento estão desatualizados. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que a população brasileira tinha escolaridade média de 7,4 anos em 2011, e não os 7,2 anos considerados para cálculo pelo Pnud, relativos na verdade ao ano de 2005. A taxa é um dos itens avaliados pela pesquisa para composição do IDH dos países.
O Ministério da Educação (MEC) apontou também distorção na escolaridade esperada para crianças. O relátorio da ONU aponta 14,2 anos, mesmo índice registrado em 2000. No entanto, o último dado disponível indica expectativa de escolaridade de 16,7 anos.
Por meio de nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do MEC, afirma que o erro ocorreu pela utilização de dados defasados. Além disso, teriam sido ignoradas as crianças de 5 anos matriculadas na pré-escola, bem como as matriculadas nas classes de alfabetização. "São ignoradas no cálculo cerca de 4,6 milhões de matrículas de crianças brasileiras", diz o Inep.
O governo afirma que funcionários da administração federal viajarão a Nova York para discutir com técnicos do Pnud os dados utilizados no levantamento. "Queremos que corrijam aquilo que é de direito do país. Se tivessem considerado os dados mais recentes, o Brasil poderia ter subido 20 posições no ranking", afirma Mercadante. 
(Com informações do Estadão Conteúdo)

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