quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Professor que vazou questões do Enem 2011 é condenado a 6 anos de reclusão


Professor de colégio cearense acusado de fornecer questões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 a seus estudantes é condenado a 6 anos de reclusão. Pena ainda inclui multa no valor de 400 salários mínimos 

Professor que vazou questões do Enem 2011 é condenado a 6 anos de reclusão
Crédito: Shutterstock.com
Pelo vazamento das questões, o professor Jahilton Motta foi condenado a 6 anos de reclusão, além de multa no valor de 400 salários mínimos

Um professor do Colégio Christus, em Fortaleza, foi condenado a seis anos de reclusão pelo vazamento de 14 questões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2011. Na época, ele ofereceu aos seus alunos um simulado do exame que continha questões exatamente iguais às utilizadas no exame. A decisão condenatória foi publicada nesta segunda-feira (19). O advogado do professor vai recorrer da decisão.
  
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, o professor Jahilton Motta havia conseguido as questões por meio do pré-teste, prova realizada um ano antes do Enem com o objetivo de definir o nível de dificuldade das questões do exame. As questões utilizadas no pré-teste podem, em alguns casos, irem para o exame oficial.

Na sentença o juiz Danilo Fontenelle Sampaio afirmou “culpabilidade grave, porquanto sua conduta se deu de modo a abusar de relação de confiança de seus alunos e companheiros professores.” Além disso, o juiz determinou também o pagamento de multa de 400 salários mínimos, que deve ser paga em até dez dias após a decisão condenatória.

O juiz afirmou ainda que o vazamento das questões da prova “ocasionou transtornos a diversos alunos em todo o Brasil e à própria administração pública federal, que se viu obrigada a fazer profundo levantamento quanto à real extensão do ato delituoso que comprometeu a própria credibilidade da seleção de alunos pelo Enem.”

O professor foi condenado por comprometer o conteúdo sigiloso da prova, que no ano de 2011 teve 300 mil inscrições, além de estelionato. Outras quatro pessoas também denunciadas pelo Ministério Público Federal no Ceará foram absolvidas.

O advogado do professor classificou a decisão como surpreendente e lamentável e afirmou que vai recorrer. Enquanto isso, de acordo com o advogado, o professor permanecerá em liberdade.

 Fonte: Universia Brasil

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