quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Poucas vagas em direito justifica alta concorrência; interiorização de medicina amplia chances

Foto: Clemilson Campos/NE10
Foto: Clemilson Campos/NE10
Os números da concorrência  do Vestibular 2014  da Universidade de Pernambuco (UPE) saltam aos olhos. Direito, no câmpus de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, por exemplo, através do vestibular tradicional,  chega a 152,64 candidatos por vaga. O curso foi implantado no ano passado e está sendo oferecido no exame pela segunda vez. Essa é a concorrência mais alta já registrada pela UPE.
“Até o ano passado, apenas a UFPE oferecia o curso de direito, ou seja, temos apenas duas universidades públicas com vagas na área.  Em Camaragibe, são 30 vagas”, fala a presidente da Comissão Permanente de Concursos Acadêmicos (CPSA), Izabel Avelar, justificando a alta procura. Antes da existência das vagas, o único curso voltado para a área de humanas na UPE era administração.
Medicina, em Garanhuns, tem mais de cem candidatos por vaga. Em Serra Talhada, são 98,80 e em Santo Amaro, no Recife, são 65,97. O que explica tal situação, segundo Izabel Avelar, é a quantidade de vagas. O interesse em cursos como medicina, com 30 vagas em Serra Talhada e 30 em Garanhuns – no Recife o número é cinco vezes maior, 150 – sempre existiu. A graduação nunca saiu do topo da  lista dos mais concorridos, no entanto, os dados começaram a aumentar consideravelmente de uns tempos para cá.
O fato de o curso de medicina do Recife ficar em terceiro lugar, depois do de Garanhuns e do de Serra Talhada, explica-se tanto pela quantidade de vagas, quanto pela firmação de dois polos de ensino no Agreste e no Sertão. Primeiro, a interiorização de cursos de tal calibre despertou o interesse de moradores do interior e, em segundo lugar, acabaram promovendo uma ação “anti-migração”.  Antes, quem queria ser médico, tinha que vir estudar no Recife. Com a interiorização do ensino superior pela UPE, o cenário mudou.  “A universidade contribui, assim, com o desenvolvimento do Estado”, diz a presidente da Comissão de Vestibular. Com  isso, mais gente se habilita a fazer um curso superior na região onde mora e, quando se forma, fomenta o mercado de trabalho tão escasso em cidades do interior do Estado.
NE UOL

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