Para dar conta da nova correção da redação do Enem, MEC vai contratar 1.200 avaliadores
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira (24) que o MEC (Ministério da Educação) vai contratar mais 1.200 corretores para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012, levando o total de avaliadores a 4.200. As contratações, disse, acontecem por causa das mudanças na correção da redação da prova. A nota mínima que autoriza uma nova correção do texto foi reduzida e se criou a figura da banca de avaliadores.
Na prova deste ano, dois corretores, a princípio, olham a redação do candidato. Se a diferença entre a nota final deles for superior a 200 pontos na nota total ou de 80 pontos em cada uma das competências, um terceiro corretor entra em cena. A nota final será a média aritmética simples das menções “mais próximas”. Caso a discrepância permaneça, uma banca, formada por três avaliadores, corrige novamente o texto. Ela, então, determina a nota final do candidato.
VEJA O QUE MUDOU NA CORREÇÃO DA REDAÇÃO DO ENEM
Processo de correção | Como era (em 2011) | Como ficou (em 2012) |
Número de correções iniciais | Duas | Duas |
Discrepância na nota total | Igual ou maior que 300 na soma | Maior que 200 na soma total |
Discrepância na competência | Não existia | Maior que 80 em qualquer competência |
3ª correção | Supervisor (instância final) | Correção independente |
4ª correção em banca | Não existia | Banca (instância final) |
Na prática, o processo ocorre assim: se o corretor A, por exemplo, deu a um candidato nota 95 para a competência 1 (demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita) e o corretor B deu nota 180, a redação será automaticamente corrigida pelo terceiro avaliador, já que a diferença entre as duas menções será de 85.
São cinco competências e cada uma vale 200 -1.000 é a nota máxima na redação. Se as duas notas finais (a soma das cinco competências) tiveram uma diferença superior a 200 pontos entre os dois avaliadores, o terceiro corretor também atua. Em persistindo a discrepância, o texto vai para a banca.
Esta é a segunda mudança na diferença mínima de pontos para uma nova correção da redação. Nas edições de 2009 e 2010, era preciso que os dois corretores dessem notas com no mínimo 500 pontos de discrepância entre uma e outra para que houvesse uma nova avaliação. No ano passado, o limite caiu para 300; agora, são 200 pontos.
Além disso, será possível ver a redação corrigida, porém, sem possibilidade de recurso por parte do estudante.
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